Longa estreou no Disney+ no dia do Natal e discute questões do pós-morte e como podemos aproveitar nossa vida
Redação Publicado em 28/12/2020, às 17h34
Como um belo presente de Natal, "Soul", nova animação da Disney-Pixar chegou ao Disney+ no último dia 25 e, em poucos dias de exibição, já conquistou o coração de muita gente e foi parar entre os assuntos mais comentados de redes sociais. Em entrevista ao Entertainment Tonight, os realizadores do filme falaram sobre finais alternativos planejados para a obra.
Se você ainda não assistiu a "Soul" e não deseja saber nada sobre a trama, pare de ler neste ponto.
No novo filme da Disney-Pixar, nós conhecemos Joe Gardner (Jamie Foxx), um músico apaixonado por jazz, mas que vive uma vida frustrada como professor de música em uma escola. Porém, a sua grande oportunidade de tocar uma artista do gênero surge e ele a abraça como se não houvesse amanhã, já que considera a música o seu propósito de vida. Só não há um amanhã, já que ele acaba morrendo acidentalmente.
No Grande Além, ele tenta de todas as formas voltar à Terra para realizar o seu sonho e até conta com a ajuda de 22 (Tina Fey), uma alma que não quer encarnar de jeito nenhum. No final, após mostrar que a Terra pode ser um lugar muito bonito e convencer 22 a, finalmente, dar um passo adiante, ele recebe uma segunda chance de viver a sua vida, após aprender inúmeras lições sobre como a vida pode ser bonita em seus mínimos detalhes e não só quando se tem um propósito.
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Produtora do longa, Dana Murray explicou que, por muito tempo, os produtores e diretores do longa discutiram sobre qual seria o final de Joe em "Soul": "Nós fomos e voltamos atrás com aquele final até a última exibição. Por um bom tempo, Joe iria para o Grande Além. Tivemos muitos debates, mas eu achei que, quanto mais a gente o via vivendo a sua vida e pensando em sua mãe, Libba, e todos esses diferentes fatores, pareceu que esse era o final certo, que ele precisa aproveitar a vida dele do jeito que ele quisesse, porque ele havia aprendido tanto ao longo do filme".
"Nós temos versões do final em que Joe não volta ao seu corpo, em que ele realmente fica morto. Nós temos versões do final em que você vê Joe na Terra um ano depois. Cara, esse final gerou mais debates do que qualquer outro elemento no filme, eu acho", acrescentou Kemp Powers, codiretor de "Soul".
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O diretor do longa, Pete Docter, justificou a escolha pelo final original: "Eu acho que as pessoas achariam que seria uma trapaça deixá-lo voltar. Ainda assim, no sentido da história, você não poderia ensinar esse cara sobre como aproveitar a vida do jeito certo e depois tirar isso dele. Então, essa não parecia ser a forma certa de seguir, apesar de ter sido a ideia original", declarou.
"Na época, eu pensava: 'O ato menos egoísta que você poderia ter é seguir em frente. Eu tive a minha chance. Eu já aproveitei a vida. Agora, você precisa ter a sua chance, 22, que ainda não se atreveu a descer [para a Terra]'", ainda disse. "Isso parecia poético e legal, mas no final, no filme, toda cena era com o Joe dizendo: 'Espera aí, eu não vivi isso do jeito certo antes'. Então pareceu certo no final dizer: 'Tá bom, vai lá!'".
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