Lista ainda inclui a cartunista Laerte Coutinho e a ativista Luana Muniz, entre outros
Henrique Nascimento Publicado em 16/11/2019, às 16h47 - Atualizado em 14/06/2020, às 10h54
“Muito prazer, sou a nova Eva. Filha das travas, obra das trevas”, declara Linn da Quebrada em Bixa Travesty, documentário sobre a artista trans e negra lançado em 2019. Dirigido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, explora a arte e o ativismo de Linn em uma sociedade machista e heteronormativa, os preconceitos sofridos por ser uma travesti negra e de periferia e os papéis que são negados a mulheres trans em diversos aspectos da sociedade, como o trabalho, a educação e as relações interpessoais.
Inspirados por Linn da Quebada e para comemorar o Mês do Orgulho LGBTQIA+ separamos sete documentários para conhecer a história de outros ícones brasileiros da comunidade. Confira:
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Rogéria em Rogéria - Senhor Astolfo Barroso Pinto
Dirigido por Pedro Gui, o longa conta a história da artista Rogéria, que não nasceu, mas estreou nos bailes de Carnaval do Rio de Janeiro, na década de 1960, e sua contraparte, Astolfo, nascido em Niterói e batizado em homenagem ao avô materno.
Apesar de ser conhecida como a travesti da família brasileira, Rogéria já gerou polêmica entre as gerações mais novas por declarações em relação à sua sexualidade e a forma que convivia tão bem com seu lado masculino, mas a verdade é que a atriz e cantora é um ícone para todas as gerações e um dos nomes mais representativos dentro da comunidade LGBTQIA+, principalmente por assumir-se como era em uma época de forte repressão como a ditadura civil-militar brasileira.
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Rogéria, Valéria, Jane Di Castro, Camille K, Fujika de Holliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios em Divinas Divas
Não só Rogéria fez sucesso e enfrentou a repressão da ditadura para fazer arte como uma travesti. Em 1970, a artista se juntou a Valéria, Jane Di Castro, Camille K, Fujica de Holliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios para formarem um grupo de artista travestis que encantaram a muitos em cinemas e teatros do Rio de Janeiro, a exemplo do Teatro Rival, que serve de palco para a história.
No documentário, as artistas voltam ao teatro e, sob a direção da atriz Leandra Leal, relembram momentos de suas carreiras, repletas de sucesso, glamour, arte e música, além de montarem um último show. O filme também é uma homenagem às memórias de Marquesa, Brigitte de Búzios e Rogéria, que faleceram após a conclusão do documentário.
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Cláudia Wonder em Meu Amigo Cláudia
Mais uma artista nascida em meio ao regime militar, Cláudia Wonder foi uma das principais performes trans da noite paulistana a partir da década de 1980. Foi cantora, vocalista de banda e trabalhou com personalidades como Zé Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina, que declara no documentário Meu Amigo Cláudia: “Cláudia Wonder não foi, Cláudia Wonder é a história dessa cidade”.
Mais tarde na vida, viajou para a Europa para mostrar o seu talento e se estabeleceu por onze anos no exterior não só como artista, mas também como empresária no ramo de estética. Em seu retorno ao Brasil, atuou fervorosamente em defesa das causas envolvendo a comunidade LGBTQIA+, fazendo com que fosse destaque na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e consagrada madrinha do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, antes de morrer em 2010.
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Laerte Coutinho em Laerte-se
Após viver quase 60 anos como homem e passar por uma fase como crossdresser (onde ainda se declarava homem, mas trajava roupas e adereços considerados femininos), a cartunista Laerte Coutinho finalmente assumiu sua identidade como uma mulher trans em meados de 2010. Em Laerte-se, a artista conta como a arte a ajudou no processo de descobrimento de quem realmente era e também como o seu processo criativo se modificou a partir da transição.
O documentário ainda mostra um lado pessoal de Laerte, o descobrimento como uma mulher, seus desejos, o contato com a família, as relações com os filhos e netos e os relacionamentos amorosos.
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Jacqueline Rocha Côrtes em Meu Nome é Jacque
O longa conta a história desta mulher trans, nascida na década de 1960, que teve que superar os preconceitos e as dificuldades de assumir a sua verdadeira identidade e, após isso, ainda teve que lidar com um diagnóstico de HIV.
Em Meu Nome é Jacque, conhecemos a história de Jacqueline, uma ativista pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ e, principalmente, pelos direitos de pessoas portadoras do HIV e da AIDS, e temos o privilégio de conhecê-la não só profissionalmente, mas também pessoalmente, quando Jacque se abre sobre sua transição de gênero, sua família, amores e maternidade.
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Luana Muniz em Luana Muniz: Filha da Lua
Popularmente conhecida pelo bordão “travesti não é bagunça”, após aparecer em uma reportagem de televisão, a travesti Luana Muniz foi uma prostituta, artista de cabaré e ativista de direitos humanos pela comunidade LGBTQIA+. Ela morreu em 2017.
O documentário explora a intimidade de Luana, conhecida também como a Rainha da Lapa, não só por ser o ponto onde trabalhava, mas também pelos projetos sociais que desenvolvia na região, localizada no centro do Rio de Janeiro.
Adão Costa, Aguinaldo Silva, Antônio Chrysóstomo, Clóvis Marques, Gasparino Damata, João Antônio Mascarenhas, Darcy Penteado, Jean-Claude Bernadet, Peter Fry, Francisco Bittencourt e João Silvério Trevisan em Lampião da Esquina
Divididos entre jornalistas, escritores, poetas, antropólogos, críticos e artistas plásticos, o Conselho Editorial do jornal Lampião da Esquina levou-o às bancas em meio ao período repressivo da ditadura civil-militar. Com um conteúdo dedicado ao público gay, ou “guei”, como a palavra era grafada nas páginas do periódico, o Lampião sofreu perseguição durante todo o tempo em que existiu, no fim da década de 1970, mas resistiu bravamente por cerca de três anos.
O documentário homônimo, dirigido por Lívia Perez, conta a história desse importante registro da história da comunidade LGBTQIA+. No filme, há relatos da vez em que Luís Inácio Lula da Silva, na época ainda um sindicalista, foi parar nas páginas do jornal e os rumores de que Fernando Henrique Cardoso, que viria ser presidente alguns anos depois, era um leitor assíduo do Lampião.
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