Disney+ divulga nota de repúdio às leis anti-LGBTQIA+ nos Estados Unidos - Divulgação/Disney+
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Disney+ divulga nota de repúdio às leis anti-LGBTQIA+ nos Estados Unidos

Projeto "Don't Say Gay" proíbe que escolas reconheçam a existência de pessoas LGBTQIA+

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 22/03/2022, às 10h57

O Disney+ é mais um estúdio da Walt Disney Company a se pronunciar contra o projeto "Don't Say Gay", cujo objetivo é proibir que escolas e professores do estado da Flórida, nos Estados Unidos, reconheçam a existência de pessoas LGBTQIA+.

Na semana passada, a Marvel também já havia se posicionado. O streaming reagiu no Twitter compartilhando uma breve mensagem de repúdio:

"O Disney+ apoia nossos funcionários, colegas, famílias, contadores de história e fãs LGBTQIA+ e nós fortemente denunciamos todas as legislações que infringem os direitos humanos básicos das pessoas da comunidade LGBTQIA+ — especialmente a legislação que mira e fere jovens e suas famílias. Nós nos esforçamos para criar um serviço que reflita o mundo em que vivemos, e nossa esperança é ser uma fonte de inclusividade, empoderamento e histórias autênticas que nos unem na nossa humanidade compartilhada".

pic.twitter.com/aHUMnwYouD

— Disney+ (@disneyplus) March 22, 2022

O posicionamento do Disney+ vem após a informação de que a Disney teria dado apoio a políticos do "Don't Say Gay". Funcionários do conglomerado, inclusive da Pixar, protestaram publicamente, e denunciaram executivos que exigiram a censura de cenas de afeto entre personagens LGBTQIA+.

No caso mais recente, divulgado pela Variety, a companhia teria vetado um beijo entre um casal homossexual em "Lightyear", animação derivada de "Toy Story", mas voltou atrás depois dos acontecimentos das últimas semanas.

ENTENDA O CASO

Em carta aberta assinada pelos “funcionários LGBTQIA+ da Pixar e seus aliados” e divulgada pela Variety, as equipes afirmam que os executivos corporativos da Pixar ordenam que “quase todos os momentos de afeto abertamente gay” dos personagens sejam cortados de seus filmes.

A declaração chega logo após Bob Chapek, CEO da Walt Disney Company, ter emitido um comunicado para todos os funcionários na segunda-feira (7), depois do projeto de lei conhecido como “Don’t Say Gay” ser aprovado na Flórida. Segundo o executivo, a legislação não irá afetar a forma como a empresa triunfa “na criação de um mundo mais inclusivo” que eles ajudam a alcançar “através do conteúdo inspirador” que produzem.

Mas na prática, parece que não é bem assim que as coisas funcionam. De acordo com a carta, os funcionários estão tentando obter liberdade criativa para continuar trabalhando em histórias que contém também com afeto de pessoas do mesmo sexo, mas eles não obtem aprovação dos executivos da Disney.

“Nós da Pixar testemunhamos pessoalmente belas histórias, cheias de diversos personagens, voltando das críticas corporativas da Disney reduzidas a migalhas do que eram antes. Mesmo que a criação de conteúdo LGBTQIA+ fosse a resposta para corrigir a legislação discriminatória no mundo, estamos sendo impedidos de criá-lo”, afirma o comunicado.

Ainda no texto, os funcionários exigem que a Disney retire o financiamento das legislaturas que apoiaram o projeto de lei “Don’t Say Gay” e “tome uma posição pública decisiva” contra a legislação e também a projetos semelhantes que ganharam força em outras partes dos Estados Unidos.


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