Mesmo com final aberto, série médica foi encerrada após uma única temporada devido a baixa audiência e críticas medianas
Redação Publicado em 03/07/2025, às 19h00
Pulso estreou em abril de 2025 como a primeira série médica original em inglês da Netflix nos Estados Unidos. Criada por Zoe Robyn e com produção executiva de Carlton Cuse, a trama acompanhava a rotina intensa de residentes e médicos do fictício Maguire Medical Center, em Miami. A série prometia misturar emergências hospitalares, dilemas éticos e conflitos pessoais, apostando em temas contemporâneos como assédio no ambiente de trabalho.
Com um elenco liderado por Willa Fitzgerald, Colin Woodell e Justina Machado, Pulso foi lançada em meio a uma onda de novas produções do gênero, o que elevou as expectativas do público e do mercado. A proposta era ampliar o catálogo da plataforma com um drama médico que dialogasse com sucessos já consolidados da TV, como Grey’s Anatomy e Plantão Médico.
Apesar de um início promissor, Pulso não conseguiu manter o ritmo nas semanas seguintes ao lançamento. A série figurou no Top 10 global da Netflix por quatro semanas, acumulando cerca de 20 milhões de visualizações e mais de 160 milhões de horas assistidas. No entanto, esses números ficaram aquém do esperado para garantir a renovação.
A recepção crítica também foi mista. No Rotten Tomatoes, a aprovação ficou em 48%, enquanto no Metacritic a nota foi de 48/100, indicando avaliações medianas. Entre os principais pontos negativos apontados estavam a execução considerada genérica, personagens pouco cativantes e o tratamento superficial de temas sensíveis, como o assédio. A comparação desfavorável com outras séries médicas lançadas no mesmo período, especialmente The Pitt, também impactou a percepção do público.
A decisão de cancelar Pulso após uma única temporada foi atribuída a uma combinação de fatores. O principal deles foi o custo-benefício: a audiência não foi suficiente para justificar os investimentos em produção, especialmente diante de concorrência acirrada no segmento. Além disso, o engajamento do público, a taxa de conclusão dos episódios e a repercussão nas redes sociais ficaram abaixo do esperado.
Outro aspecto relevante foi o momento do lançamento. Pulso estreou simultaneamente a outras produções médicas de grandes emissoras e plataformas, o que dificultou sua diferenciação e visibilidade. A abordagem de temas delicados, como o assédio, também pode ter afastado parte do público que buscava entretenimento mais escapista.
O cancelamento de Pulso sinaliza que, mesmo com apostas em gêneros tradicionais, a Netflix mantém uma política rígida de avaliação baseada em dados e retorno. Séries que não atingem metas de audiência ou engajamento tendem a ser descontinuadas rapidamente, independentemente do potencial criativo ou do investimento inicial.
Para quem acompanha o universo das séries médicas, a decisão reforça a competitividade do segmento e a necessidade de inovação para se destacar. A Netflix segue investindo em novas produções, mas a permanência no catálogo depende cada vez mais de resultados concretos junto ao público.
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