Sama el-Masry, de 42 anos, foi acusada pelo Ministério Público do Egito de "incitar a prostituição"
Redação Publicado em 30/06/2020, às 17h51
A dançarina do ventre Sama el-Masry foi condenada a três anos de prisão no Egito e ao pagamento de uma multa de 300 mil libras egípcias, cerca de R$ 102 mil, por “cometer atos indecentes em público" em suas redes sociais, incluindo o perfil do TikTok.
De acordo com o Metropoles, a mulher de 42 anos foi acusada pelo Ministério Público do Egito de “atos indecentes”, “incitar a prostituição” e “violar os valores familiares da sociedade egípcia”.
Ela foi detida em abril e negou que tenha feito as publicações ao alegar que teve seu celular roubado. O conteúdo teria sido publicado por outra pessoa sem o seu consentimento.
Em declaração à Reuters, John Talaat, membro do parlamento que pediu uma ação legal contra el-Masry e outras usuárias do TikTok, afirmou que a dançarina e outras influenciadoras digitais estavam destruindo os valores e tradições da família. “Há uma enorme diferença entre liberdade e devassidão”, disse.
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Entessar el-Saeed, advogada de direitos femininos no Cairo, pontuou à Thomson Reuters Foundation que a lei de crimes cibernéticos do Egito, criada em 2018, tem apenas mulhres como alvo. “Nossa sociedade conservadora está lutando contra mudanças tecnológicas que criaram um ambiente e mentalidades completamente diferentes”, afirmou.
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