O diretor Ari Aster, conhecido por sucessos como Hereditário e Midsommar: O Mal Não Espera a Noite, enfrentou um momento delicado após o lançamento de Beau Tem Medo em 2023. O filme, estrelado por Joaquin Phoenix, foi aguardado com expectativa, mas não atingiu o desempenho esperado nas bilheteiras. Com um orçamento estimado em 35 milhões de dólares, a produção arrecadou apenas cerca de 12 milhões mundialmente, tornando-se um dos maiores desafios financeiros da carreira do cineasta.
O longa, uma mistura de tragédia, comédia e elementos surreais, dividiu opiniões entre críticos e público. Apesar de algumas avaliações positivas, a recepção foi marcada pela falta de consenso e pelo impacto negativo nas receitas. Aster revelou que ficou “bastante triste” com a reação ao filme, destacando que, embora tenha recebido mensagens de apoio, o resultado financeiro e a recepção crítica ficaram aquém do esperado.
Conselho familiar após o insucesso
Durante uma entrevista recente, Ari Aster compartilhou que seu próprio pai sugeriu que ele considerasse não escrever o roteiro de seu próximo projeto. Segundo o diretor, após o desempenho de Beau Tem Medo, o pai aconselhou que ele se dedicasse apenas à direção, deixando o roteiro para outros profissionais. Aster admitiu que, diante do contexto, o conselho poderia ter sido acertado.
Apesar da sugestão, o cineasta optou por seguir escrevendo e assinou o roteiro de seu filme seguinte, Eddington. A decisão demonstra a persistência de Aster em manter controle criativo sobre suas obras, mesmo após um revés significativo. O novo projeto, uma dramédia ambientada em uma pequena cidade, traz novamente Joaquin Phoenix no elenco, além de Pedro Pascal.
Reflexões sobre o fracasso e aprendizados
Ari Aster afirmou que o lançamento de Beau Tem Medo trouxe importantes aprendizados sobre o processo criativo e a relação com o público. O diretor mencionou que, ao revisar o próprio trabalho, percebeu que algumas escolhas criativas, especialmente no último ato do filme, podem ter afastado parte da audiência. Ele destacou que, ao lançar um filme, o controle sobre as reações se perde e que cada projeto traz lições diferentes para quem está por trás das câmeras.
O caso de Beau Tem Medo ilustra os riscos envolvidos em grandes produções autorais e a pressão enfrentada por cineastas que buscam inovar em seus projetos. Mesmo com o resultado abaixo do esperado, Aster segue sendo um nome relevante no cinema contemporâneo, mostrando resiliência e disposição para evoluir em sua carreira.
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