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Jamie Lee Curtis critica cirurgias plásticas e alerta para impacto em gerações de mulheres

Curtis utilizou termos fortes para descrever o fenômeno, afirmando que existe uma espécie de “genocídio” de gerações de mulheres

Por Luis Maluf Publicado em 05/08/2025, às 09h00

Jamie Lee Curtis critica cirurgias plásticas e alerta para impacto em gerações de mulheres (Foto: Divulgação)

A atriz Jamie Lee Curtis, vencedora do Oscar por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (2022) e conhecida por sua trajetória em Hollywood, voltou a chamar atenção ao abordar o tema das cirurgias plásticas em uma recente entrevista. Curtis utilizou termos fortes para descrever o fenômeno, afirmando que existe uma espécie de “genocídio” de gerações de mulheres promovido pelo chamado complexo cosmeceutical — termo que ela emprega para se referir à indústria de procedimentos estéticos e cosméticos. Segundo a atriz, a busca por padrões de beleza artificiais tem levado muitas mulheres a alterarem significativamente suas aparências, apagando traços naturais e promovendo uma cultura de insatisfação.

Curtis ressaltou que escolheu a palavra “genocídio” de forma intencional, justamente para provocar reflexão sobre a gravidade do impacto causado por intervenções estéticas em massa. Para ela, a pressão por juventude e perfeição física, especialmente em ambientes como Hollywood, contribui para a “eliminação” da aparência natural de uma ou até duas gerações de mulheres.

O papel das redes sociais e da tecnologia

Além da influência direta da indústria da beleza, Jamie Lee Curtis destacou o papel das redes sociais e das tecnologias de edição de imagem, como filtros e inteligência artificial, na consolidação de padrões estéticos irreais. Segundo a atriz, o chamado “rosto filtrado” se tornou o novo ideal de beleza, incentivando procedimentos que buscam reproduzir digitalmente traços considerados perfeitos. Ela alerta que a comparação constante com imagens modificadas digitalmente pode aumentar a pressão por intervenções cirúrgicas e procedimentos minimamente invasivos.

Curtis também mencionou que, apesar de sua postura crítica, não julga colegas de profissão que optam por cirurgias plásticas. Ela afirma que cada pessoa tem o direito de tomar suas próprias decisões, mas ressalta que o ciclo de insatisfação tende a ser contínuo: “Uma vez que você começa, não consegue parar”, disse a atriz, reforçando que não cabe a ela opinar sobre as escolhas alheias.

Mudanças de comportamento entre gerações

O debate sobre cirurgia plástica não se limita ao universo das celebridades. Dados recentes mostram que as gerações mais jovens estão mais abertas a discutir procedimentos estéticos e a compartilhar experiências nas redes sociais. Ao mesmo tempo, há uma tendência crescente de busca por resultados mais naturais e menos invasivos, refletindo uma mudança no perfil dos pacientes e nas técnicas utilizadas.

Especialistas apontam que, enquanto gerações anteriores buscavam transformações mais evidentes, os jovens de hoje priorizam intervenções sutis, com foco na prevenção do envelhecimento e na valorização das características individuais. O avanço tecnológico também contribui para procedimentos mais seguros e com recuperação mais rápida, tornando as intervenções ainda mais acessíveis.

Reflexão sobre padrões de beleza e autoestima

A discussão levantada por Jamie Lee Curtis reacende o debate sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade e os impactos na autoestima de mulheres de diferentes idades. A atriz, que já revelou ter se submetido a uma cirurgia plástica aos 25 anos e se arrepender da decisão, defende que a aceitação do envelhecimento e das características naturais pode ser um caminho para maior bem-estar e liberdade pessoal.

O tema segue relevante em um cenário onde a busca pela perfeição estética continua em alta, mas cresce também o movimento de valorização da beleza real e da diversidade. O posicionamento de figuras públicas como Jamie Lee Curtis contribui para ampliar o diálogo e incentivar escolhas mais conscientes.