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Cinema / EITA!

Autora de "365 Dias" revela que inspiração para os livros veio da falta de sexo: "Meu ex não queria transar comigo"

O terceiro filme da franquia "365 Dias" já está disponível na Netflix

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 24/08/2022, às 10h41

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Autora de "365 Dias" revela que inspiração para os livros veio da falta de sexo: "Meu ex não queria transar comigo" - Divulgação/Netflix/Reprodução/Instagram
Autora de "365 Dias" revela que inspiração para os livros veio da falta de sexo: "Meu ex não queria transar comigo" - Divulgação/Netflix/Reprodução/Instagram

Blanka Lipinska, 37, autora da trilogia de livros "365 dias", esteve no Brasil para a divulgação do título "Outros 365 dias", lançado pela Editora Buzz, que inspirou o filme lançado na última sexta-feira na plataforma de streaming.

A polonesa falou que a inspiração para a narrativa erótica foi a sua própria vida sexual. Na verdade, a ausência de uma.

"Eu criei o primeiro livro porque meu ex-namorado não queria fazer sexo comigo", contou. "E eu sou muito bonita e boa de cama, afinal para escrever um livro desses você tem que ser boa de cama.", disse ela ao Splash.

A escritora disse que chegou a consultar especialistas para entender o porquê do ex-companheiro não querer transar com ela. 

"Segundo me disseram, quando ele começou a me amar, ele nunca tinha amado ninguém antes, nunca tinha tido uma namorada. O que ele conhecia de amor era apenas pela mãe e pela irmã. Quando ele começou a me amar, me colocou no mesmo lugar em seu coração que estavam as duas, então parou de sentir desejo por mim."

"Isso se chama 'Amor Branco' e é uma condição que existe. Há pessoas que vivem em relacionamentos assim por anos, mas só funciona se os dois querem isso, e eu não queria. Eu tinha 29 anos, era uma mulher saudável e bonita. Queria me sentir mulher", disse.

Blanka Lipinska contou que, em decorrência da falta do desejo do então namorado, ela começou a ter raiva. "Eu não me sentia suficientemente sexy para ele".

Para suprir a falta de sexo, a polonesa lia muitos livros eróticos. "Era um por dia, e dos grandes, porque eu queria encontrar aquele tipo de emoção na minha vida. Mas todos aqueles títulos eram horríveis, com uma história estranha e um sexo vergonhoso."

"Eu assistia a filmes pornôs e me masturbava, mas nós mulheres gostamos de saber todos os detalhes: o que ela estava pensando naquele momento? Onde ele colocou a mão?", lembra Lipinska.

A vontade de ter uma obra que fosse do seu gosto fez com que Lipinska escrevesse a história picante sobre um italiano mafioso que sequestra uma jovem polonesa e promete fazê-la se apaixonar por ele em 365 dias. A narrativa teve os direitos comprados pela Netflix e hoje é um dos maiores sucessos da plataforma. 

Ao ser questionada se chegou a conversar com o ex-namorado depois do lançamento de "365 dias", Lipinska riu e respondeu: "Há pouco tempo eu fiquei sabendo que ele se orgulha de ter sido a razão dos livros existirem. Mas, também descobri que ele tem mentido para as garotas que ele tem saído.

"Ele diz a elas que eu me inspirei nele para escrever. E sim, ele foi a minha inspiração para falar de Martin, o namorado careca de Laura, aquele do começo do filme, quando ela está em uma relação sem graça e quer algo novo. Ele é muito parecido com o ator [Mateusz Lisowski] até, se parecem. Então, ele foi inspiração, mas não para o Massimo, como ele gosta de dizer.

A autora revelou ainda que pretende também começar a criar filmes pornográficos - com sexo explícito - voltados ao público feminino. "Eu tenho essa ideia, afinal mulheres também gostam, mas preferem coisas muitas vezes diferentes do que os homens gostam. Então, por isso, talvez eu me aventure por esse caminho ainda.

Enquanto o desejo não se concretiza, Lipinska é diretora das cenas de sexo dos filmes, que podem não ser explícitas, mas são bastante picantes. "Imaginar algo e colocar em um livro já não é fácil. Colocar em um filme é ainda mais difícil, porque você não pode só deixar a sua imaginação te levar.

Para ter todas as sequências sexuais da maneira como elas foram imaginadas, a autora ensaiava as posições com o diretor Tomasz Mandes. "São até 30 pessoas no set, então a gente mostra exatamente como os atores ficarão. Daí o responsável pelo microfone já sabe onde tem que ficar, assim como o câmera e o diretor de fotografia. Esse é o chamariz do filme, tem que ser bem feito.

"Depois, com os atores no set, todos ficam muito focados e com o mínimo de pessoas possível no local, porque eles têm que se sentir confortáveis. Eles usam algumas proteções, mas ao mesmo tempo, estão pelados. Além disso, estão lá para mostrar a coisa mais privada de suas vidas, que é o sexo.", explica.

E lá se foi metade do ano... Até agora, qual foi o melhor filme de 2022?

  • "O Beco do Pesadelo"
  • "Spencer"
  • "Morte no Nilo"
  • "Uncharted"
  • "Licorice Pizza"
  • "The Batman"
  • "Sonic 2: O Filme"
  • "Medida Provisória"
  • "Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore"
  • "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura"
  • "O Homem do Norte"
  • "O Peso do Talento"
  • "Top Gun: Maverick"
  • "Jurassic World: Domínio"
  • "Lightyear"
  • "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

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