Filme está sofrendo ameaças de boicote na China após protagonista se manifestar sobre protestos em Hong Kong
Os fãs de Mulan ficaram animados com o anúncio de um live-action da produção.
No entanto, desde agosto, o longa está sofrendo com ameaças de boicote na China após a atriz Liu Yifei, que protagoniza o projeto, demonstrar apoio para policiais envolvidos em casos de brutalidade policial durante protestos em Hong Kong, na China.
Em agosto deste ano, Yifei disse que apoia os policias e que as criticas à repressão são "uma vergonha para Hong Kong".
Nas redes sociais, a hashtag #BoycottMulan ganhou forças e chegou ao conhecimento do estúdio.
Em uma recente entrevista para o The Hollywood Reporter, Alan Horn, diretor criativo da Disney, comentou o assunto. Ele afirmou que, se Mulan não estrear na China, a Disney tem um problema.
"Mas o meu sentimento é que liberdade de expressão é um componente importante na nossa sociedade. Pessoas deveriam poder dizer o que querem dizer", disse. "Eu não posso falar por ela, e nós não sabíamos que ela se manifestar. Tentamos não ser políticos. Sempre existe um problema em algum lugar do mundo, e China é um mercado gigantesco, mas não é o único onde já teve problemas".
Alan ainda afirmou que aconselha sua equipe em relação à comentários como o de Yifei. "A única coisa que eu falo para quem trabalha comigo é ter em mente que o que você fala, a mídia irá reproduzir. Isso carrega uma certa responsabilidade. Seja sensato e pense antes de falar, especialmente nas redes sociais".
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Quando questionado se ele fica incomodado que o filme poderia ofender a China, Alan respondeu que não.
"Estamos fazendo filmes para serem vistos por uma audiência em todos os lugares. Não queremos ser políticos. Sermos arrastados para uma discussão política é meio injusto por natureza. Nós não somos políticos".