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Cinema / NOVIDADE

Mostra de cinema gratuita do cineasta Apichatpong Weerasethakul chega ao Rio

“Fantasmas da Terra: A Poética de Apichatpong Weerasethakul” acontecerá na CAIXA Cultural Rio de Janeiro de 17 a 27 de setembro

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO
por ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO

Publicado em 16/09/2024, às 15h40

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Mostra de cinema gratuita do cineasta Apichatpong Weerasethakul chega ao Rio - Divulgação/The Match Factory
Mostra de cinema gratuita do cineasta Apichatpong Weerasethakul chega ao Rio - Divulgação/The Match Factory

A Mostra de Cinema “Fantasmas da Terra: A Poética de Apichatpong Weerasethakul” chega à CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Unidade Passeio (R. do Passeio, 38 – Centro) no dia 17 de setembro (terça-feira) e vai até 27 de setembro (sexta).

Durante esse período, serão exibidos, de forma gratuita, 6 longas e 29 curtas-metragens dirigidos pelo tailandês Apichatpong Weerasethakul. Os curtas foram reunidos em quatro programas organizados pelo próprio cineasta, que prefere ser chamado de “Joe” pelos ocidentais.

Considerado um dos principais nomes do cinema contemporâneo, o diretor é vencedor da Palma de Ouro em Cannes, por “Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas” (2010), e do Prêmio do Júri, por “Memória” (2021), estrelado por Tilda Swinton. Os dois filmes estão incluídos na programação.

Apichatpong é conhecido por retratar a vida comum dos tailandeses, por meio de uma linguagem que une o cotidiano a elementos fantásticos. A programação completa estará disponível no site da CAIXA Cultural e no perfil da mostra no Instagram: @mostrafantasmasdaterra.

Curso

A mostra também vai oferecer o curso “Imersão Apichatpong”, que terá seis aulas, duas ministradas pelo curador Pedro Henrique Ferreira, professor do curso de Estudos de Mídia da PUC-Rio, e quatro ministradas por professores convidados.

As senhas serão distribuídas 30 minutos antes do início de cada aula. Aqueles que desejarem emissão de certificado deverão realizar a solicitação no formulário disponível na página do Instagram (@mostrafantasmasdaterra) ou diretamente em: https://bit.ly/mostrafantasmasdaterra.

É preciso assistir a pelo menos quatro das seis aulas para solicitar o certificado. Além disso, será oferecido um livro-catálogo físico, com textos inéditos e traduzidos, para aqueles que conferirem um ou mais filmes da mostra. O evento de lançamento do livro será no dia 24 de setembro, às 18h30.

Filmes selecionados

Com entrada gratuita, sujeita à lotação da sala, e distribuição de senhas 30 minutos antes de cada sessão, dos seis longas exibidos pela mostra, quatro estão em DCP (Digital Cinema Package), formato mundial de exibição digital de alta qualidade de som e imagem, e um em película de 35 milímetros, popular formato analógico utilizado no cinema.

Os filmes “Objeto misterioso ao meio-dia", “Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas”, “Cemitério do esplendor”, “Memória” e os curtas-metragens serão exibidos em DCP; “Síndromes e um século”, em película 35mm; e “A aventura de Iron Pussy”, em formato digital.

Entre os destaques, estão “Síndromes e um século”, longa em película que vem diretamente do British Film Institute (BFI), um dos maiores acervos cinematográficos do mundo, e “Memória”, vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2021 e protagonizado por Tilda Swinton. Filmado na Colômbia, foi o primeiro filme de Apichatpong rodado fora da Tailândia.

Programação da Mostra

A abertura da mostra, na terça-feira, dia 17 de setembro, às 15h30, começará com o programa de Curtas 2: Cinzas Assombradas; seguido do longa “Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas”, às 17h30.

Na quarta, dia 18, às 13h30, está marcada a primeira aula do curso Imersão Apichatpong #1: “A Iconografia Tailandesa, Zomia e o Provincianismo de Isan”, com o curador Pedro Henrique Ferreira. Na sequência, às 15h10, será exibido o programa de Curtas 1: Águas Mundanas e, às 17h15, “Memória”.

Na quinta, dia 19, às 13h30, acontecerão a aula Imersão Apichatpong #2: “Uma Estética do Corpo e do Fluxo?”, com Luiz Carlos Oliveira Jr., o programa de Curtas 4: Luzes Vaporosas, às 15h30 e o filme “Objeto misterioso ao meio-dia”, às 18h.

A programação da sexta, dia 20, começa às 13h30, com a aula Imersão Apichatpong #3: “Sensibilidade Queer e Gênero na Obra de A.W.”, com Juliana Fausto, além do programa de Curtas 3: Império Luminoso, às 15h20, e do filme Cemitério do esplendor, às 17h30.

Sábado, dia 21, às 15h20, será a reexibição de “Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas”, seguida de “Síndromes e um século”, às 17h40. Para fechar a primeira semana, no domingo, dia 22, serão reexibidos os programas de Curtas 1: Águas Mundanas, às 13h30, e Curtas 4: Luzes Vaporosas, às 15h40.

A programação da terça-feira, dia 24, começa às 13h30, com a aula Imersão Apichatpong #4: “Um Cineasta Terceiro-Mundista? Afinidades com o Brasil, Indigenismo e o Sul Global”, com Hernani Heffner, seguida da exibição do programa de Curtas 2: Cinzas Assombradas, às 16h30 e do evento de Lançamento do Livro-Catálogo: "Fantasmas da Terra: A Poética de Apichatpong Weerasethakul", às 18h30.

Na quarta, dia 25, às 13h30, será a penúltima aula do curso, a Imersão Apichatpong #5: “Instalações Primitivas: A Influência da Avant-Garde dos EUA, das Artes Visuais e o Flerte com o Surrealismo”, com Tadeu Capistrano. Em seguida, às 15h30, a mostra terá uma sessão de acessibilidade com legenda descritiva para “Objeto misterioso ao meio-dia”, e, às 17h20, será a reexibição de “Memória”. Quinta, dia 26, é a vez do programa de Curtas 3: Império Luminoso, às 15h30, e de “Cemitério do esplendor”, às 17h40.

No último dia da mostra, na sexta, dia 27, às 13h30, será a aula final do curso, a Imersão Apichatpong #6: “Ontologia Fantasmagórica, Tempo e Memória nos Mundos Possíveis de Apichatpong Weerasethakul”, com Pedro Henrique Ferreira, seguida da exibição dos longas “As Aventuras de Iron Pussy”, às 15h30, e “Síndromes e um século”, às 17h40.

Sobre a Mostra

A mostra é uma homenagem à filmografia de Apichatpong, cujos filmes já foram indicados a diversos festivais e buscam retratar a memória e fantasmagoria do passado da Tailândia por meio das relações humanas e sociais. Suas obras mesclam ficção, documentário e poesia, e estimulam sensações físicas a partir de narrativas imprevisíveis. Além do cinema, o realizador também trabalha com artes visuais, instalações e exposições.

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