CineBuzz
Busca
Facebook CineBuzzTwitter CineBuzzInstagram CineBuzz
Cinema / CANNES 2025

Saiba quais filmes brasileiros estarão na 78ª edição do Festival de Cannes

Além de celebrar a parceria entre Brasil e França no evento, o nosso país será muito bem representado de diversas formas no evento deste ano

ANGELO CORDEIRO | @OANGELOCINEFILO
por ANGELO CORDEIRO | @OANGELOCINEFILO

Publicado em 13/05/2025, às 15h15

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Saiba quais filmes brasileiros estarão na 78ª edição do Festival de Cannes - Divulgação/Vitrine Filmes
Saiba quais filmes brasileiros estarão na 78ª edição do Festival de Cannes - Divulgação/Vitrine Filmes

 A 78ª edição do Festival de Cannes começa nesta terça-feira, dia 13 de maio, e o Brasil está em evidência no evento, que é um dos mais prestigiados do cinema. Neste ano, o país é o homenageado no Marché du Film, uma espécie de mercado de filmes que ocorre no festival.

Além de celebrar a parceria entre Brasil e França, também seremos muito bem representados de diversas formas, do concorrente à Palma de Ouro, O Agente Secreto, novo filme de Kleber Mendonça Filho (Bacurau), a presenças de cineastas em júris de mostras paralelas à competição principal. Confira a seguir quais serão os nossos representantes:

Disputa pela Palma de Ouro

Kleber Mendonça Filho, natural de Recife, volta a disputar a Palma de Ouro, principal prêmio do festival, com O Agente Secreto, seis anos após Bacurau (2019) ter levado o Prêmio do Júri, uma espécie de terceiro lugar. Naquele ano, o sul-coreano Parasita (2019) venceu o prêmio máximo.

A novidade é ambientada na década de 1970 e gira em torno de Marcelo (Wagner Moura), um professor universitário que foge de São Paulo para Recife para escapar de agentes governamentais que o procuram por atividades subversivas. No entanto, logo descobre que está sendo espionado pelos vizinhos.

Cannes Classics

Na mostra Cannes Classics, Lírio Ferreira (Serra das Almas) e Karen Harley apresentam Para Vigo Me Voy!, documentário que mergulha na obra de Cacá Diegues, falecido em fevereiro deste ano. 

Quinzena dos Diretores

O diretor Karim Aïnouz (Motel Destino) será mentor da 10ª edição do Director’s Factory da Quinzena dos Diretores, que tem como objetivo fazer emergir novos talentos de cinema internacional, permitindo que jovens locais e cineastas criem juntos. Confira a seguir os quatro curtas participantes: 

  • Ponto Cego, de Luciana Vieira

A brasileira Luciana Vieira e o cubano Marcel Beltrán dirigem o curta que acompanha Marta, engenheira encarregada das câmeras de segurança do porto de Fortaleza. Em um ambiente hostil de invisibilidade feminina, Marta decide romper com o silêncio. 

  • A Vaqueira, a Dançarina e o Porco, de Stella Carneiro

Dirigido pela brasileira Stella Carneiro em parceria com o português Ary Zara, o western queer com pitadas de surrealismo segue uma cowgirl trans que visita sua amada — uma showgirl negra — presa sob o controle de um porco sanguinário. 

  • Como Ler o Vento, de Bernardo Ale Abinader

O brasileiro Bernardo Ale Abinader e a francesa Sharon Hakim constroem uma narrativa sobre herança e sabedoria ancestral sobre Cássia, uma curandeira tradicional, que prepara sua jovem discípula, Marjorie, para receber seu legado.

  • A Fera do Mangue, de Wara

A brasileira Wara e o israelense Sivan Noam Shimon abordam fé e mito a partir da lenda de homens poderosos sedentos por descendência. Quando uma de suas vítimas evoca uma criatura mítica — a fera —, o mito se transforma em fúria e justiça, cruzando espiritualidade, vingança e forças da natureza.

Marcelo Caetano no júri da Queer Palm 

O diretor Marcelo Caetano retorna a Cannes, agora como jurado, após exibir Babyna mostra competitiva da 63ª Semana da Crítica no ano passado, em que viu seu filme se consagrar vencedor do prêmio de Melhor Ator Revelação para Ricardo Teodoro.

Ele fará parte do júri do Queer Palm, que será presidido pelo cineasta francês Christophe Honoré (Canções de Amor). O prêmio reconhece filmes com temáticas LGBTQIAPN+ selecionados para o festival.

Homenagem a Marianna Brennand

A diretora brasileira Marianna Brennand (Manas) será homenageada no Festival de Cannes 2025 com a recompensa Emerging Talent Award, uma importante distinção internacional voltada a novas vozes femininas no cinema. Brennand receberá uma bolsa de 50 mil euros, um apoio do Women In Motion para que cineastas mulheres possam desenvolver seus segundos longas.

Coproduções

O Brasil também marcará presença com produções ao lado de outros países em mostras paralelas à principal. Confira a seguir quais:

  • O Riso e a Faca, produzido por Tatiana Leite

Com direção do cineasta português Pedro Pinho (de A Fábrica de Nada), O Riso e a Faca é uma coprodução entre Portugal, Brasil, Romênia e França, exibida na mostra Un Certain Regard. Representando o Brasil, participam a produtora Tatiana Leite, da Bubbles Project, o diretor de fotografia Ivo Lopes Araújo, a montadora Karen Akerman e o editor de som Pablo Lamar. Ao todo, 31 profissionais brasileiros integram a equipe do filme.

Inspirado na canção homônima de Tom Zé, o longa acompanha a trajetória de Sérgio, um engenheiro ambiental português que se muda para uma metrópole africana para atuar em um projeto de infraestrutura. Lá, ele se envolve em uma relação afetiva complexa com os personagens Diára e Gui — este último interpretado pelo ator brasileiro Jonathan Guilherme. A produtora Tatiana Leite, que integra a equipe do filme, também assina produções aclamadas como Malu (2024), de Pedro Freire, e Regra 34 (2022), de Julia Murat.

  • The Black Snake, produzido por Paola Wink e Jessica Luz

Sob a direção do francês Aurélien Vernhes-Lermusiaux, A Cobra Preta é uma coprodução entre a empresa gaúcha Vulcana Cinema, a França e a Colômbia. Com produção brasileira assinada por Jessica Luz e Paola Wink, o longa estreia na mostra paralela ACID, voltada ao cinema independente em Cannes. A trama acompanha o retorno de Ciro ao lar, após anos de ausência, no deserto colombiano de Tatacoa — um cenário ao mesmo tempo delicado e hipnotizante.

La Résidence

Não é do conhecimento de todos, mas o Festival de Cannes possui um projeto de desenvolvimento de roteiros, com orientação individualizada e encontros com profissionais da indústria cinematográfica. Trata-se do La Résidence du Festival de Cannes, programa que já acolheu mais de 250 cineastas de cerca de 60 países — entre eles, nomes como o brasileiro Karim Aïnouz e a espanhola Carla Simón, que concorre à Palma de Ouro este ano.

Rodrigo Ribeyro representa o Brasil na 49ª edição do programa após ter sido premiado na Cinéfondation em 2021. Durante sua estadia no festival, Rodrigo desenvolverá o longa Muganga, que acompanha dois amigos que decidem fugir de um dia comum de trabalho em São Paulo para explorar a Floresta da Cantareira. No entanto, enquanto estão na mata, um ataque nuclear atinge a cidade, transformando-a em uma zona radioativa. Isolados do mundo, eles precisam sobreviver em meio à natureza — uma jornada que mistura mistério, ficção científica e autodescoberta.

LEIA A MATÉRIA ORIGINAL EM: Saiba quais filmes brasileiros estarão na 78ª edição do Festival de Cannes


Qual foi o melhor filme de 2025 até agora? Vote no seu favorito!

  • Baby
  • Babygirl
  • MMA - Meu Melhor Amigo
  • Anora
  • Conclave
  • Acompanhante Perfeita
  • Capitão América: Admirável Mundo Novo
  • Flow
  • O Brutalista
  • Um Completo Desconhecido
  • Mickey 17
  • Vitória
  • O Melhor Amigo
  • Maré Alta
  • Branca de Neve
  • Oeste Outra Vez
  • Um Filme Minecraft
  • Presença
  • G20
  • Pecadores

Já segue o CineBuzz nas redes sociais? Então não perde tempo!