Assim como Taylor Swift, nomes como Paul McCartney, Kesha e Gusttavo Lima tiveram problemas com os direitos de suas próprias músicas
A polêmica entre Taylor Swift e o empresário Scooter Braun está tendo grande relevância no mundo do pop e trazendo a discussão para outros artistas, que se colocaram contra ou a favor da cantora.
Scooter Braun comprou a Big Machine, antiga gravadora de Taylor, e então, acabou obtendo os direitos de toda a sua discografia antes de seu próximo álbum Lover, que é da Universal Record.
Isso preocupou a cantora justamente por conta da relação que os dois tinham, apontando um comportamento abusivo vindo do empresário. Taylor corre o perigo de não conseguir mais cantar suas músicas.
Já foram criadas petições que a incentivam a regravar seus antigos trabalhos para assim, ter seus direitos "de volta".
O caso ainda está sendo conversado entre os dois, então há possibilidades para tudo acontecer.
Não foi só Taylor que correu esse perigo ou teve problemas com "superiores", confira e entenda o caso de outros artistas que sofreram com os direitos de suas próprias músicas:
Paul McCartney
Em 2017 Paul McCartney abriu um processo contra a Sony ATV Music Publishing para conseguir os direitos suas faixas com os Beatles.
Ele não tinha desde os anos 70 os direitos de suas músicas, mesmo as que ele mesmo compôs. E, ainda por cima, os trabalhos da banda passaram por diversas distribuidoras, até serem compradas por Michael Jackson em 1985, que, posteriormente se aliou a Sony e criou a Sony ATV.
A equipe legal de Paul conseguiu de volta seus direitos após, como os mesmos disseram, entrar em um "acordo confidencial".
A conquista de Paul ocorreu devido a Lei Americana de Direitos Autorais de 1976, em que é possível recuperar as músicas compostas pelo artista após 56 anos de seu lançamento. E foi a isso que o ex-Beatle recorreu.
Ainda falando sobre a Sony ATV, outra banda que sofreu com os próprios direitos autorais foi o grupo pop Duran Duran, mas que não teve um bom desfecho.
A luta começou quase na mesma época de Paul McCartney, em dezembro de 2016.
A banda queria os direitos de suas músicas, que estavam sob domínio de uma gravadora britânica, a Gloucester Place Music, que é controlada pela Sony ATV.
Mas, diferente dos Beatles, a gravadora respeitava as leis do Reino Unido, e não a dos Estados Unidos, como foi com Paul McCartney, resultando na perda de seus direitos de seus primeiros três álbuns.
Gusttavo Lima
Em 2017, o cantor sertanejo Gusttavo Lima perdeu o direito de algumas de suas músicas antigas. Isso se deu ao fato de acusações de plágio da faixa Que Mal Te Fiz Eu, pelo artista português Leandro.
A acusação resultou na proibição do sertanejo de cantar músicas de seus álbuns Ô, Sofrência e Arena Pop, em que as faixas estão presentes.
Não só houve a proibição, como também os dois CDs foram tirados de circulação nas lojas, impedindo qualquer tipo de lucro vindo deles.
O plágio também pede que tanto o cantor quando a sua gravadora, a Som Livre, precise pagar uma multa de dez mil reais.
Mesmo se reerguendo e continuando como um dos ícones da música sertaneja, o plágio pode causar danos enormes para artistas menores, tendo em vista a perda completa de seus direitos, seu trabalhado sendo retirado das lojas e uma multa desse tamanho.
Kesha
Talvez seja um dos casos mais obscuros e complexos da música pop. Kesha já no começo de sua carreira teve grandes sucessos, seu principal é Tik Tok, de 2009. Desde então, sua carreira só subiu com outros vários hits, que foram produzidos por Doctor Luke.
Doctor Luke é um produtor e musicista que esteve por trás de diversas músicas famosas, no caso de Kesha, teve Timber (2013) e Die Young (2012).
E, desde lá os fãs notam uma relação estranha entre os dois, principalmente pelas declarações da cantora no Twitter sobre ter sido forçada a cantar os trechos “vamos fazer nosso melhor esta noite, porque vamos morrer jovens".
Com isso, iniciou-se o movimento Free Kesha, que obteve até vaquinha para ajudar a cantora a sair da situação com o produtor e romper relações com a Sony. Era dito que estavam “controlando Ke$ha como uma marionete, fornecendo-lhe o que ela não quer e a criatividade dela está diminuindo”.
Meses depois, em entrevista para a revista People, a mãe de Kesha, Pebe Sebert, declarou que Dr. Luke estava obrigando a cantora a perder peso.
Em 2014 foi aberto o processo para romper os contratos dela com sua gravadora, a permitindo que consiga trabalhar em outras e possa lançar músicas. O documento também alega que Dr. Luke abusava sexualmente, fisicamente, verbalmente e emocionalmente de Kesha, por mais de 10 anos, fazendo com que chegasse perto da morte. Isso foi feito com o intuito de “manter completo controle sobre a vida e carreira dela”.
Sendo julgado por Shirley Kornreich, juíza da Suprema Corte de Nova York, foi negado o pedido da cantora, a impossibilitando de gravar novas músicas fora da Kemosabe Records (gravadora da Sony).
Felizmente, após meses sem poder trabalhar, Kesha foi libertada deste contrato e, com isso, voltou ainda mais poderosa com seu álbum Rainbow, de 2017. Voltando com o clipe de Praying e demonstrando toda sua dor durante esse tempo. Relembre o clipe: