Cantora e escritora completa aniversário neste 30 de dezembro
Patti Smith possui muitas atribuições na vida. Cantora, compositora, escritora, ativista, fotógrafa e modelo são apenas algumas das coisas que esta mulher de 72 anos fez ao longo da vida. Ainda assim, ela não dá sinais de que vai parar tão cedo.
A artista, que completa 73 anos nesta segunda-feira (30), desembarcou no Brasil este ano para se apresentar no Popload Festival, que ocorreu no dia 15 de novembro em São Paulo. Ela se apresentou ao lado de sua banda, a Patti Smith and Her Band, que agitou os fãs daqui com os hits que marcaram sua carreira.
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Considerada como uma das maiores artistas de todos os tempos, Patti Smith lançou seu primeiro álbum em 1975, chamado de Horses, o qual veio para modificar as estruturas do rock e do punk com uma visão feminina aguçada e com direito a reivindicações sociais.
Ao longo dos anos, ela lançou livros que foram condecorados com prêmios e ainda militou ferrenhamente contra a Guerra do Iraque e fez campanha contra o governo George W. Bush, dos EUA.
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Confira abaixo 6 motivos que fazem de Patti Smith uma lenda viva na música e nas artes em geral:
Em 1974, Patti se junta a Lenny Kaye, Ivan Kral, Jaye Dee e Richard Sohl para compor a primeira formação da The Patti Smith Group. Um ano depois, a banda assina com a Arista Records, influente gravadora da época, e lançam o primeiro álbum Horseslogo em 1975.
Considerado um marco na história do punk rock e da cantora, o álbum foi aclamado pela crítica por suas letras e pela infusão de poesia em meio aos ritmos e às letras, uma das marcas registradas de Patti. O álbum conseguiu ser um ótimo pontapé inicial em sua carreira musical e estreou em 47ª posição na Billboard 200 e figurou como o 13º melhor disco de 1975 na lista da importante revista musical NME.
Até o momento, Patti contabiliza 11 álbuns de estúdio lançados, os quais possuem ótima recepção da crítica e seguem uma linha que mostra um lado mais feminista da cantora e compositora, inovando no jeito de se destacar e fazer punk e rock.
Abaixo, confira uma performance de Gloria, do álbum Horses:
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Patti Smith deixa transparecer seu lado militante e de reivindicação em suas letras e falas, mas também agiu corpo a corpo nas causas que acreditava. Ela fez campanhas presidenciais para o Partido Verde dos Estados Unidos e apoiou a candidatura de Ralph Nader nas eleições presidenciais para o país de 2000 fazendo apresentações e acompanhando comícios.
Em 2004 também apoiou a candidatura do democrata John Kerry à presidência. Nesta época, foi ferrenha crítica da Guerra do Iraque, promovida pelo governo George W. Bush, dos EUA, e foi uma das primeiras a cantar e performar nos protestos contra os confrontos. Entre 2004 e 2005, ela viajou novamente com Ralph Nader e foi uma das precursoras ao pedir o impeachment de Bush.
Além disso, a cantora se apresentou em diversos outros eventos anti-guerra ao longo do tempo, prestou uma homenagem à Julian Assange, do caso dos vazamentos de informações do governo dos EUA, o WikiLeaks, e, na década de 1990, contribuiu para o álbum Memorial Tribute, em memória daqueles que se foram por conta da AIDS.
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Suas canções sempre tiveram acompanhadas de poesia em meio à letra e melodia, fato que virou uma de suas marcas registradas e refrescou o punk rock. Esse lado de poeta não ficou apenas restrito às faixas musicais, mas ganhou também as páginas de livros que escreveu ao longo dos anos.
Além das poesias, ela também escreveu memórias, homenagens e ficção, tendo lançado mais de 25 livros até o momento. Em 2010, a obra Só Garotos - Just Kids em inglês - ganhou o mais alto prêmio da literatura norte-americana, o National Book Award, na categoria de não-ficção. O livro narra as memórias entre Smith e o fotógrafo Robert Mapplethorpe, com quem viveu um relacionamento intenso e conturbado durante a década de 1960. Após romperem, tornaram-se grandes amigos até a morte dele em 1989, em decorrência da Aids.
À revista britânica Classic Rock, ela disse que não escreveu o livro com o intuito de ser algo grandioso. “Eu não escrevi para ser catártico. Escrevi porque Robert me pediu... Nosso relacionamento era tal que eu sabia o que ele queria e a qualidade do que ele merecia”, observou.
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Além da arte de escrever, ser poeta e de cantar, Patti Smith também se envolveu no mundo da fotografia, a qual teve um contato próximo com essa paixão desde muito jovem devido a relação íntima com Mapplethorpe.
Muitas vezes, suas fotos carregam o mesmo simbolismo melancólico de suas letras e poemas. Em preto e branco, as fotos da artista já rodaram o mundo em exposições e ganharam importantes mostras em cidades como Berlim, Paris e Ontário (Canadá).
No auge de seus 72 anos, a lenda do punk rock será o rosto da campanha de primavera 2020 de uma das grifes francesas mais conceituadas do mundo. As imagens serão feitas pelo fotógrafo Steven Sebring, que a fotografou primeiro em 1995 para a revista musical Spin.
Ele, inclusive, realizou um documentário sobre a cantora em que ficou onze anos apurando e fazendo suas imagens. Além de Patti, outros grandes nomes também já foram estrelas das campanhas da Saint Laurent anteriormente, como Courtney Love, Marilyn Manson e Daft Punk.
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Com seus feitos na carreira, Patti Smith também ganhou notoriedade por parte da crítica especializada e por órgãos de outros países. No ano de 2010, mesmo ano que ganhou o National Book Award, o mais alto prêmio literário dos EUA, a cantora foi figurou na 47ª posição da lista de 100 Melhores Artistas de Todos os Tempos da revista Rolling Stone.
Anteriormente, em 2007, Smith teve seu nome fixado no rol dos artistas do Rock and Roll Hall of Fame, museu dedicado a registrar a história dos mais conhecidos e influentes artistas e produtores que tiveram certo impacto no mundo do rock e também do pop.
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Em 2005, pelas suas contribuições na música e na literatura, ela foi nomeada pelo Ministério da Cultura da França como líder da Ordem das Artes e das Letras, condecoração que busca recompensar aqueles que, de alguma maneira, se distinguem pelo domínio artístico ou literário no desenvolvimento das artes tanto na França quanto no mundo.
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