Documentário produzido por Charlize Theron conta a história de mulher que procura respostas sobre o desaparecimento de filha entregue para adoção
Publicado em 13/09/2024, às 14h00
Dirigido e produzido por Ryan White, "Em Busca de Uma Filha", novo documentário da Netflix, estreou na plataforma de streaming na última quinta-feira (12) e narra a melancólica jornada de Cathy Terkanian em busca de sua filha, Aundria Bowman, desaparecida desde 1989.
O documentário conta com coprodução de Jessica Hargrave, Matt Maher e da atriz Charlize Theron, vencedora do Oscar, que revelou que a resiliência e a intuição de Cathy foram aspectos fundamentais que ressoaram profundamente nela e no público.
“A persistência de Cathy em seguir sua intuição diante de tantas adversidades é inspiradora”, declarou Theron à Netflix.
Em 2010, a polícia envia uma carta a Cathy pedindo uma amostra de material biológico para que comparassem seu DNA com o de uma mulher encontrada morta com evidentes sinais de abuso sexual numa plantação de milho. “Só pode ser Alexis”, pensou Cathy.
Aundria Bowman, originalmente chamada Alexis Badger, foi adotada pela família Bowman aos dois anos, após ser entregue para adoção por uma jovem Cathy de pouco mais de 17 anos.
Ela estava destinada a procurar pela filha quando a jovem completasse 15 anos. "Não queria confundi-la, sempre fantasiei que ela tinha uma vida maravilhosa. Por isso, resolvi não procurá-la quando criança", contou a mãe durante entrevista à Revista People.
O cadáver não era de Aundria. Então, em busca de entender o que aconteceu, Cathy contratou um detetive amador e recorreu às autoridades locais numa busca que durou uma década.
Cathy fica sabendo que em 1989, com 14 anos, Aundria supostamente teria fugido de casa para escapar dos maus-tratos de Dennis Bowman, seu pai adotivo.
Em 11 de março de 1989, Aundria Bowman é declarada desaparecida em Hamilton, Michigan. Inicialmente, as autoridades não investigaram o caso por suspeitarem que ela havia fugido por vontade própria.
Em 2020, Dennis Bowman então na prisão pelo assassinato de Kathleen Doyle ocorrido em 1980, confessou ter assassinado a filha durante uma discussão em que ela o confrontou sobre abusos sexuais cometidos por ele.
Brenda Bowman, a mãe adotiva, testemunhou no tribunal que Aundria relatou ter sido estuprada pelo pai aos 13 e 14 anos. Quando ameaçou expor os crimes publicamente, Dennis a agrediu, resultando em uma queda fatal pelas escadas.
Em seguida, ele desmembrou o corpo da jovem e enterrou as partes em diferentes locais de sua propriedade localizada em Monterey Township.
Apesar do comportamento violento e do histórico criminoso de Dennis Bowman, ele conseguiu evitar suspeitas por anos. Dennis confessou o homicídio da filha adotiva Aundria apenas em 2020.
Três meses após a confissão, os restos mortais de Aundria foram encontrados na propriedade mencionada. Dennis então foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato da jovem.
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