Documentarista ainda disse que o maior perigo para a sociedade é não assistir ao longa
Em suas redes sociais, o diretor Michael Moore, famoso por documentários como Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de Setembro, elogiou Coringa, longa protagonizado por Joaquin Phoenix que estreou no Brasil na última quinta-feira (3), e ainda falou sobre a polêmica de que o filme incitaria a violência.
"Na última noite de quarta-feira, eu estive no Festiva de Cinema de Nova York e assisti a uma obra-prima cinemática, o filme que no mês passado ganhou o prêmio máximo de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Veneza", escreveu. "Ele se chama Coringa e tudo que nós, americanos, ouvimos sobre esse filme é de que devemos temê-lo e ficar bem longe dele."
++ Análise: O problema de Coringa é que nós estamos em Gotham
Nos Estados Unidos, a rede de cinemas Alamo Drafthouse está alertando sobre o conteúdo do longa dirigido por Todd Phillips (da trilogia Se Beber Não Case), dizendo tratar-se de um filme cheio de "bad vibes". Outra rede, a SoCal, fechou as portas de um de seus cinemas temporariamente, um dia antes da estreia de Coringa, após receber ameaças de ataque.
"Eu sugeriria o oposto", continuou o documentarista. "O maior perigo para a sociedade talvez seja NÃO ver esse filme. Porque a história que ele conta e os problemas que levanta são tão profundos, tão necessários, que se você ignora a genialidade dessa obra de arte, perderá o presente que o espelho está dando a você."
Ele terminou agradecendo o ator Joaquin Phoenix e todos os envolvidos na produção de Coringa e questionou: "Quanto tempo passou desde que vimos um filme chegar ao nível de Stanley Kubrick?", em referência ao diretor de clássicos como Laranja Mecânica e O Iluminado.