Atriz volta aos cinemas nesta quinta-feira (9) em Ameaça Profunda
Em 2008, o nome de Kristen Stewart não tinha o mesmo efeito que tem agora: apesar de já estar no ramo da atuação há cerca de seis anos, a atriz era uma jovem estrela de filmes independentes até ser projetada, subitamente, à atenção nacional com o sucesso do romance adolescente entre Bella Swan e Edward Cullen em Crepúsculo, onde uma humana se apaixonava por um vampiro.
De repente, todos os holofotes foram colocados em cima de Kristen, a protagonista da saga, e, mesmo após o seu fim, ela demorou para se livrar das acusações de que era uma atriz de uma nota só, sem carisma e capacidade de atuação, mas voltou ao cinema independente e se consagrou a primeira atriz americana a conquistar o César, o Oscar francês, antes de embarcar, ao lado de Naomi Scott e Ella Balinska, no remake de As Panteras, que estreou em novembro passado nos cinemas.
A atriz volta aos cinemas nesta quinta-feira (9), no suspense Ameaça Profunda, como uma dos seis membros de uma equipe presa em um submarino no fundo do amor que está sendo rapidamente inundado após um terremoto atingí-lo. Antes de embarcar com Kristen em seu novo desafio, relembre a história da atriz nos últimos anos:
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Aos doze anos, Kristen contracenou com Jodie Foster em O Quarto do Pânico, um de seus primeiros trabalhos como atriz e o primeiro que rendeu duas indicações a prêmios como atriz estreante. Pouco tempo depois, com treze anos, a atriz teve que encarar um dos papéis mais pesados de sua carreira: em O Silêncio de Melinda, Kristen interpretava a protagonista, uma garota que, durante uma festa, era estuprada.
Ao chamar a polícia para tentar resolver o problema, mas não conseguir revelar o que havia acontecido devido ao trauma, Melinda é acusada de tentar arruinar a festa para os demais e acaba escanteada pelos colegas, mergulhando em silêncio profundo enquanto tenta lidar com a experiência.
Após essas experiências, Kristen ainda teve algumas participações sem muita projeção em Zathura: Uma Aventura Espacial, dirigido por Jon Favreau, que viria a comandar sucessos de bilheteria como Homem de Ferro e o remake de O Rei Leão; o suspense Os Mensageiros, com Dylan McDermott, John Corbett e Tatiana Maslany; e Eu e as Mulheres, comédia romântica co-protagonizada por Adam Brody (The O.C.) e Meg Ryan (Harry e Sally: Feitos um para o Outro), até ser descoberta pela diretora Catherine Hardwicke, de Crepúsculo, pelo seu papel em Na Natureza Selvagem:
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O longa, dirigido por Sean Penn, conta a história de vida de Christopher McCandless, um jovem que decidiu viajar sozinho pelos Estados Unidos, sem recursos, até chegar ao Alaska e experimentar a vida selvagem. Embora sejam poucas as cenas de Kristen no filme, como um interesse amoroso de Christopher, elas foram suficientes para fisgar a atenção de Hardwicke, que a chamou para testes no primeiro filme da saga de vampiros por acreditar que ela passava um sentimento que ela queria em tela.
Mesmo em meio à popularidade estrondosa da saga Crepúsculo, cujo os cinco filmes arrecadaram cerca de 3 bilhões de dólares em bilheteria mundialmente, Kristen Stewart não deixou os filmes independentes de lado, uma área que explorou bastante ao longo de sua carreira: em 2009, logo após o sucesso de Crepúsculo e em preparação para o lançamento da continuação,Lua Nova, Kristen participou de Férias Frustradas de Verão, ao lado de Jesse Eisenberg e Ryan Reynolds, ambos ainda sem o gigantesco reconhecimento que têm hoje; e, no ano seguinte, dividiu-se entre o drama Corações Perdidos e a cinebiografia The Runaways: Garotas do Rock, onde interpretava a lenda do rock Joan Jett e causou alvoroço ao beijar a colega de elenco, Dakota Fanning, em cena. Agora, mesmo nos filmes independentes, Kristen levava os fãs fervorosos de Crepúsculo aos cinemas para assisti-la.
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Próximo ao fim da saga, Kristen ainda se arriscou em mais um blockbuster adolescente: uma versão moderna do clássico A Branca de Neve, Branca de Neve e o Caçador, co-protagonizado por Chris Hemsworth (Thor) e Charlize Theron (Monster: Desejo Assassino). No entanto, o filme se destacou mais pelo que aconteceu nos bastidores do por seus méritos: prévio ao lançamento, surgiram acusações de que Kristen havia se envolvido com o diretor do longa, Rupert Sanders. À época, ele era casado e ela tinha um relacionamento com o colega de Crepúsculo, Robert Pattinson.
O resultado foi a demissão de ambos da sequência do longa, O Caçador e a Rainha de Gelo. A perda de Kristen no elenco resultou também em uma queda nas bilheterias: dos quase 400 milhões de dólares arrecados arrecadados pelo primeiro filme ao redor do mundo, a continuação conseguiu abocanhar apenas 165 milhões de dólares, mesmo estreando em mais salas (3.802 contra 3.777 do primeiro filme) e com mais semanas em cartaz (36 contra 30).
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Com o fim da saga Crepúsculo em 2012, Kristen migrou novamente para os filmes independentes, só que em produções mais coesas e elogiadas pela crítica: estrelou Na Estrada, longa do brasileiro Walter Salles (Central do Brasil) inspirado no livro do poeta beatnik Jack Kerouac, inspirado em sua própria vida, e Acima das Nuvens, com Juliette Binoche (O Paciente Inglês), o que levou Kristen a ser a primeira atriz americana a receber um prêmio César, o equivalente ao Oscar na França.
Ao subir ao palco para receber o prêmio, Kristen disse que não conseguia segurá-lo porque suas mãos tremiam muito e agradeceu à colega, Juliette, por inspirá-la tanto no tempo em que trabalharam juntas. No filme, a personagem de Juliette é uma atriz que se envolve amorosamente com a sua assistente, papel de Kristen, em uma história similar a que deve viver em uma peça teatral da qual deve participar.
Em seguida, Kristen abocanhou um papel no elogiado suspense Personal Shoppere em Café Society, onde repetiu a parceria com Jesse Eisenberg e foi dirigida por Woody Allen. Em entrevista à MTV News, à época do lançamento do filme, Kristen chegou a mencionar uma interação com o diretor em que ele mencionava a suposta falta de expressão da atriz, motivo de críticas e piadas: "[No filme] eu vivo alguém muito dinâmica. Eu acredito que posso ser leve algumas vezes, mas não possso esconder nada. Então, se estou pensando em algo, tenho que parecer realmente intrigada. Mas o Woody veio até mim e perguntou: 'seu rosto é sempre meio nesse... Estado de repouso?'."
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Kristen Stewart volta ao mainstream na próxima quinta-feira (14) no remake de As Panteras. Ela divide o longa com Ella Balinska, Naomi Scott e Elizabeth Banks, que também roteirizou e dirigiu o filme. É a primeira vez que um filme sobre o trio de agentes secretas é dirigido por uma mulher. As adaptações anteriores, As Panteras (2000), e As Panteras Detonando (2003), inspiradas na série dos anos 1970, foram dirigidas por McG e estreladas por Drew Barrymore, Cameron Diaz e Lucy Liu.
Além de Ameaça Profunda, a atriz também poderá ser vista, em breve, em Seberg, inspirado na histórial real de Jean Seberg, uma atriz que se tornou alvo do FBI no final dos anos 1960, ainda sem estreia prevista no Brasil
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