Representação feminina na direção caiu quatro pontos percentuais em comparação a 2020
Entra ano e sai ano, e a busca das mulheres por maior representatividade na indústria de cinema hollywoodiana segue firme. No entanto, o número de mulheres dirigindo os principais filmes em Hollywood caiu em 2021 em comparação a 2020.
De acordo com o estudo Celluloid Ceiling, feito anualmente pela Center for the Study of Women in Television & Film, divulgado pela Variety, as mulheres representaram apenas 12% das ocupantes da cadeira de direção dos 100 maiores filmes do ano, quatro pontos percentuais a menos do que em 2020.
Quando falamos dos 250 maiores filmes de Hollywood, as mulheres representam um total de 17%, um ponto percentual a menos do que o registrado na pesquisa do ano anterior.
Mesmo com números nada animadores, a pesquisa surge um ano após o Oscar de Melhor Direção para Chloé Zhao - a segunda da história a vencer a estatueta - e quando cineastas como Jane Campion (“Ataque dos Cães”) e Maggie Gyllenhaal (“A Filha Perdida”) alcançaram notáveis sucessos de crítica por seus filmes.
Além delas, cineastas como Chloé Zhao (“Eternos”) e Nia DaCosta (“A Lenda de Candyman”) dirigiram filmes que chegaram ao topo das bilheterias quando foram lançados. No entanto, os pesquisadores alegam que essas conquistas continuam sendo uma exceção à regra.
Obviamente, o estudo não captura totalmente o cenário atual para filmes. Jane Campion e Maggie Gyllenhaal, por exemplo, fizeram seus filmes para a Netflix, o que lhes deu apenas uma exibição teatral limitada e que não libera dados de bilheteria.
Isso significa que seus filmes não aparecem na lista dos filmes de maior bilheteria. O mesmo vale para outras diretoras como Rebecca Hall (“Identidade”) e Halle Berry (“Ferida”), que estrearam seus projetos também na Netflix.
Já nos bastidores, as mulheres ocuparam 21% dos empregos entre os 100 filmes principais, o mesmo número registrado em 2020, e 25% entre os 250 principais, um ligeiro aumento em relação aos 23% de 2020, graças a um aumento na proporção de mulheres como produtoras (de 30% para 32%) e produtoras-executivas (de 21% para 26%). Por outro lado, a proporção de roteiristas (17%), editoras (22%) e cineastas (6%) permaneceu estável.