O humorista acredita que não se deve proibir piadas e o preconceito deve ser resolvido na educação
Fábio Porchat mostrou que desaprova a proibição de piadas preconceituosas apesar de deixar claro que não concorda com esse "humor". Em live do coletivo Bancada do Livro, o humorista disse que é preciso tomar cuidado em tentar barrar que comediantes façam piadas discriminatórias com LGBTs, gordos, negros, mulheres e todas as minorias.
Ele acredita que a mudança tem que começar pela educação e defende que todo o tipo de piada seja feita. "Nada pode ser sagrado. Se é sagrado é intocável, se é intocável é lei", afirmou. "A gente tem que tomar cuidado com o tal 'não pode' [...] A gente tem que poder, a gente tem que optar pelo 'não'. Acho que essa é a evolução da sociedade", acrescentou.
"A gente tem que ter pretos no alto comando, mulheres em igualdade de gênero. É na educação das pessoas que a gente tem que começar. Eu acho que a gente não tem que começar pelas piadas", declarou.
Ele ainda destacou que entende o quanto certas piadas são nocivas para a sociedade, mas que não vê sentido em proibí-las. "É claro que a piada é um reflexo desse preconceito que vem sido criado e é uma coisa que perpetua esse tipo de coisa [preconceito]. Mas a sensação que me dá é que se ficar batendo em 'não pode fazer piada' não vai resolver o problema principal e vai resolver um problema secundário"
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"Eu, Fábio, não acho graça, não faço piada [com minorias], tento bater no orpressor, não no oprimido. Acho que a gente tem que incluir as pessoas nas piadas. A gente não tem que ter peninha de ninguém. O que eu não acho humano, o que eu não acho digno é eu rir de uma deficiência, eu rir de um sofrimento, não quero propagar, mas isso tem um público", completou. Confira: