Juiz afirmou ter aceitado as acusações de Amber Heard, ex-mulher do ator, de que teria sido agredida durante o relacionamento de cinco anos
O ator Johnny Depp, conhecido por seus papeis nas franquias de sucesso "Piratas do Caribe" e "Animais Fantásticos", derivado da saga "Harry Potter, perdeu uma ação de difamação contra o tabloide inglês The Sun, que o rotolou como "espancador de esposa" após alegações de que ele teria agredido Amber Heard, com quem manteve um relacionamento de cinco anos, virem à tona. As informações são da Agência Reuters.
O juiz Andrew Nicol, da Suprema Corte de Londres, decidiu acatar as alegações da ex-mulher do ator, que também é atriz e ficou famosa após interpretar a personagem Mera em "Liga da Justiça" e "Aquaman", de que ele a teria agredido violentamente ao longo dos cinco anos de relacionamento.
"Eu descobri que a grande maioria dos alegados ataques à Sra. Heard pelo Sr. Depp foram comprovados de acordo com o padrão civil", afirmou Nicol. "O reclamante não obteve sucesso na ação por difamação". O processo tinha como base um artigo de 2018, em que o The Sun chamava o ator de "espancador de esposa".
Foram processados o News Grupo Newspapers, responsável pela publicação, os editores do tabloide e o jornalista Dan Wootton. Segundo o juiz, que colheu depoimentos de Depp e Heard ao longo de três semanas, em julho deste ano, as alegações do jornal seriam "substancialmente verdadeiras". Nos depoimentos, Heard alegou que ele teria um "alter ego ciumento", que aparecia sempre que o ator bebia ou consumia drogas, o que levou a 14 situações de violência doméstica extremas.
Nas redes sociais, internautas ficaram divididos com a decisão. Teve quem comemorasse a derrota de Johnny Depp, mas alguns fãs do ator levantaram a hashtag #JusticeForJohnnyDepp e apresentaram provas de que ele também sofreria abusos de Amber Heard. O processo corre em segredo de justiça.