Estudante nega os supostos crimes e diz que acusações são racistas
Conhecido como guru de uma seita espiritual denominada Afago, Pedro Ícaro Medeiros, estudante de Filosofia na Universidade Federal do Ceará, está envolvido em dispostos casos de estelionato, agressões e estupro.
A denuncia sobre o caso foi feita na noite de domingo (19), pelo programa Fantástico, e o caso será investigado pela Polícia Civil a pedido do Ministério Público.
A reportagem revelou que Pedro costumava se apresentar como mestre de uma turma formada por pessoas na faixa dos 20 anos, a grande maioria universitária.
No entanto, no início deste ano, seguidores começaram a deixar a deita e revelar seus segredos. A responsável por levar o caso para a Justiça é a jurista Thayná Silveira. Ela afirmou que reuniu o relato de 40 pessoas. “Ele pegou esses jovens que estavam em busca de curas de traumas sexuais, problemas familiares... E manipulou".
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Uma das vítimas relatou que Pedro exigia fazer sexo com os rapazes, para que eles participassem de seu círculo mais restrito. “O sêmen dele continha o seu caráter. E, se a gente era discípulo dele, a gente tinha que se parecer com ele”.
Em conversa com o G1, Pedro Ícaro negou as acusações de estupro: "Muitas das acusações foram racistas, para ser honesto. Não me chamavam só de mago negro, de magia negra. Eles falavam realmente que eu era um fascista. Houve crimes com relação a isso: a eu ser homem, ser negro e ser gay", disse o estudante, afirmando que só participavam dos rituais pessoas que se apresentavam de maneira espontânea.
O advogado de defesa do caso, Klaus Borges, disse que se preparam para protocolar ação em breve contra as pessoas que supostamente estariam caluniando Pedro. Ele também ressaltou que seu cliente nega ter cometido qualquer crime.
Os gestores da Comunidade Afago, em publicação divulgaram nas redes sociais, uma nota oficial afirmando estarem “chocados e abalados com toda a situação”.