Investigação chegou a um adolescente de 12 anos que usava perfil para aterrorizar outas crianças
Nas últimas semanas, o caso do Homem Pateta vem deixando as autoridades e pais preocupados. O delegado Rodrigo Ayres, da Delegacia Seccional de Sorocaba, revelou em entrevista ao UOL que recebeu ao menos 6 boletins de ocorrências que registravam relatos de perfis com o nome de Jonathan Galindo e a foto sinistra de um homem vestido como o famoso personagem da Disney.
Na última sexta-feira (10), a investigação sobre o caso chegou até um adolescente de 12 anos, que estava usando um perfil para, de acordo com ele, brincar com outros colegas.
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"Em um primeiro momento, ele negou o envolvimento, mas depois viu que tínhamos provas e admitiu que tinha feito uma brincadeira", diz o delegado ao UOL. "Ele disse que foi influenciado por um canal no YouTube que falava sobre o Homem Pateta e quis pregar uma peça. Os pais dele ficaram assustados com a situação", explica.
De acordo com Rodrigo, os pais do jovem não notaram nenhuma diferença em seu comportamento e não imaginavam o que estava acontecendo. Eles afirmaram que o jovem passava muito tempo no celular, mas nada que levantasse qualquer suspeita, considerando o contexto da pandemia de coronavírus.
Os perfis do Homem Pateta, identificado como Jonathan Galindo, podem induzir crianças a automutilação e ao suicídio por meio de desafios. No Brasil, autoridades do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina também registraram relatos que envolvem estes perfis.