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Pride / LGBTQ+

Mês do Orgulho: Conheça artistas trans e não-binários que brilham na música eletrônica

Nomes como SOPHIE e Arca já trabalharam com grandes artistas como Madonna, Kanye West e Björk

Vitor Correia Publicado em 15/06/2020, às 09h00

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SOPHIE na capa de 'Oil of Every Pearl's Un-Insides' - Reprodução/Instagram
SOPHIE na capa de 'Oil of Every Pearl's Un-Insides' - Reprodução/Instagram

Quando se fala de LGBTQIAs na indústria musical, ainda precisa de mais visibilidade. Mesmo sendo uma evolução gradativa, não são todos que tem os holofotes para mostrar sua arte, principalmente a comunidade trans.

É sempre bom lembrar da existência do T na sigla, pois homens e mulheres transexuais, travestis e transgêneros são um grupo muito importante quando se fala da luta de direitos iguais. Por isso, em pleno mês do Orgulho LGBTQIAs, não há nada melhor do que mostrar artistas extremamente essenciais para o cenário da música. 

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Separamos três figuras importantes que cantam, produzem e compõem projetos perfeitos e que precisam de mais reconhecimento. São mulheres trans e não-binárias que possuem uma grande influência na música. Confira:

Kim Petras

Nascida em Cologne, na Alemanha, Kim Petras é uma cantora e compositora que vem conquistando o público com seu pop chiclete e toques de eletrônica.

Já morando em Los Angeles, Kim lançou seu primeiro single em 2017.I Don’t Want It at Allrepresenta muito bem seu estilo musical, é puro pop dançante com um refrão marcante. Seu clipe mostra sua estética que remete a boneca Barbie, ou também Paris Hilton nos anos 2000. Inclusive, Paris faz uma participação nesse vídeo. 

No Halloween do ano passado, a cantora lançou sua primeira mixtape Turn Off The Light, Vol. 1, que conta sua imersão por completo no EDM. O projeto tem como temática o Dia das Bruxas, e até conta com a participação da própria Rainha das Trevas: Elvira.

Atualmente, Kim Petras está divulgando singles para seu novo projeto Clarity, que sairá na semana que vem, dia 27 de junho. Ele contará com 12 músicas.

A cantora já era conhecida, mas não por sua música. Aos 13 anos, em 2006, Kim fez sua primeira aparição na TV Stern (programa de TV da Alemanha) e contou sobre o começo de seu tratamento hormonal.

Já no ano seguinte, ela participou de um documentário da televisão alemã em que exigia o direito de realizar sua cirurgia de redesignação sexual, porém a lei do país alegava que a pessoa precisaria ter no mínimo 18 para isso. Isso fez com que a cantora fosse chamada para diversos programas para falar sobre o assunto.

Desde então, Kim Petras é conhecida mundialmente como uma das pessoas mais jovens a iniciar o tratamento hormonal e realizar a cirurgia de redesignação sexual, sendo iniciado aos 16 anos.

Arca

Alejandra Ghersi, conhecida como Arca, é uma compositora, produtora e DJ originalmente de Caracas, Venezuela, mas que hoje reside em Londres, Inglaterra.

Arca, diferente de Kim Petras, possui um som bem mais agressivo e experimental. Seu estilo é chamado de avant-pop, além do EDM presente em suas músicas.

Ela já tem três álbuns de estúdio, todos extremamente bem aclamados pela crítica. Seu mais recente, Arca, de 2017, foi o primeiro em que podemos ouvir sua voz nas faixas e é o seu trabalho com a maior nota no Metacritic (87).

Em um de seus singles do último projeto, Reverie, ouvimos ela cantando em espanhol, seu clipe é extremamente dramático e performático. 

Como produtora, ela já trabalhou ao lado de Björk em seu álbum Vulnicura, de 2015, Arca co-produziu sete música e co-escreveu duas. Anos depois, em 2017, elas trabalharam juntas novamente em Utopia, que teve ainda mais de suas produções. 

Além disso, Arca colaborou em Yeezus, álbum de 2013 de Kanye West, produzindo e escrevendo cinco de suas músicas. No mesmo ano, ela se juntou com FKA Twigs para produzir seu projeto EP2, em que trabalhou em todas as músicas.

Recentemente, Arca se declarou ser não-binária e disse preferir ser chamada com “ela/dela”. Seus fãs logo tomaram a iniciativa de atualizar sua página Wikipedia com suas informações.

SOPHIE

Sophie Xeon é cantora, compositora, produtora e DJ originalmente de Glasgow, Escócia. Conhecida como SOPHIE, ela foi a primeira mulher trans a ser indicada ao Grammy, em 2018, na categoria de melhor álbum dance/eletrônico com seu projeto Oil of Every Pearl's Un-Insides

Ela já tinha Product, que é um compilado de suas músicas de 2015. Mas seu trabalho do ano passado teve maior repercussão e grande aclamação da crítica especializada. 

SOPHIE iniciou essa “era” com o clipe de It’s Okay To Cry, mostrando seu lado emocional e sua voz “crua”, uma das únicas em que não há efeitos. Se tornou um grande hino de orgulho para seus fãs. Sua letra fala sobre a beleza interior de cada um e o quanto isso é mais importante que qualquer coisa. Confira trechos:

Há um mundo dentro de você
Eu quero saber como é
Eu quero ir até lá contigo
Porque todos nós temos um lugar obscuro
Talvez se brilharmos alguma luz lá
Não seria tão complicado
Quero conhecer essas partes de você

Eu, isso era uma lágrima nos teus olhos?
Nunca achei que iria te ver chorar
Só saiba que qualquer dor, é culpa minha
Tudo bem chorar, tudo bem chorar
Eu consigo ver a verdade entre todas as mentiras
E mesmo depois de tanto tempo
Não importa o que seja, saiba que não tem problema

Diferente de Kim Petras e Arca, SOPHIE se encontra no meio entre seus estilos tão diferentes. Ela tem faixas de pop com toques de EDM como Immaterial, que exploram refrões reptitivos e cativantes mas também tem Faceshoppingque entra no avant-pop, com sons grotescos e experimentais. 

Dentro de suas colaborações mais famosas, temos Bitch I’m Madonna, de 2015. SOPHIE co-produziu a faixa ao lado da rainha do pop e Diplo. Ela também co-produziu várias músicas de Charli XCX, uma das mais conhecidas é o EP Vroom Vroom, com uma mistura entre os dois extremos que domina.

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Já em 2018, rumores apontavam que a produtora estaria trabalhando com Lady Gaga em seu próximo álbum, o sucessor de Joanne. Tempo depois, SOPHIE afirmou para um fã que essa parceria é verdadeira. Pouco se sabe sobre o próximo projeto da cantora, mas podemos contar com sua presença (se a faixa não for engavetada). 

Sophie e Arca já estiveram em São Paulo, para o festivel YAGA. O evento ocorreu nos dias 3 e 4 de novembro do ano passado e reuniu artistas independentes internacionais. 

Dê uma olhada no clipe de It's Okay To Cry:


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