O laudo contratado pela família da vítima confirma que o homem negro foi asfixiado pelo policial Derek Chauvin
A autópsia contratada pela família de George Floyd, homem negro que morreu sufocado por um policial branco nos EUA na semana passada, contraria o que apontou a perícia oficial.
De acordo com a Variety, o advogado dos parentes do ex-segurança afirmou nesta segunda-feira (01) que a causa da morte constatada no laudo foi asfixia. Ben Crump realizou uma coletiva de imprensa com dois médicos legistas para anunciar os resultados da autópsia independente.
"Na minha opinião, a causa da morte é asfixia devido à compressão do pescoço", disse Michael Baden, um dos especialistas independentes. Baden disse que o joelho nas costas também contribuiu para a asfixia ao concluir que foi um homicídio. "George Floyd era um homem saudável", disse Crump. "Os policiais o mataram com um joelho no pescoço por quase nove minutos e dois joelhos nas costas comprimindo os pulmões", completou.
+ Leia Mais: Entenda porque Os Simpsons não "previu" a morte de George Floyd
A conclusão entra em desacordo com a perícia oficial do examinador médico do condado de Hennepin, em Minnesota, nos EUA. O médico legista havia dito que não havia evidências físicas de asfixia e sugeriu que sua morte foi resultado dos efeitos combinados da restrição policial, condições médicas subjacentes e possível intoxicação.
George Floyd morreu aos 46 anos, no último dia 25 de maio, após o policial Derek Chauvin, prendê-lo debaixo do joelho por alguns minutos enquanto a vítima estava algemada. “Eu não consigo respirar”, dizia Floyd durante uma gravação enquanto era sufocado pelo policial. Chauvin foi preso na última sexta-feira (29), acusado de assassinato e homicídio culposo.
+ Leia Mais: Esposa de policial que matou George Floyd pede divórcio
Os médicos Allecia M. Wilson, da Universidade de Michigan, e Michael Baden, de Nova York, foram responsáveis pela autópsia contratada pela família de George Floyd.