Com bom ritmo, "Escape Room 2: Tensão Máxima" encaminha franquia para uma trilogia - Sony Pictures
CRÍTICA

Com bom ritmo, "Escape Room 2: Tensão Máxima" encaminha franquia para uma trilogia | Crítica

Sequência do filme de 2019 chega aos cinemas nesta quinta (16)

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 16/09/2021, às 11h56

Quando “Jogos Mortais” foi lançado em 2004, muitos compararam a premissa do longa de James Wan ("Maligno") à da proposta da trilogia “Cubo”, que teve seu primeiro filme lançado em 1997: personagens presos em uma sala com enigmas que devem ser solucionados por eles mesmos, caso contrário, morrerão.

No entanto, com o passar das sequências, “Jogos Mortais” foi construindo seu próprio capítulo na história do cinema e acabou virando uma referência pop, enquanto a trilogia “Cubo” continuou sendo cultuada no cenário mais underground dos filmes de sobrevivência.

Em 2019, “Escape Room”, de Adam Robitel ("Sobrenatural: A Última Chave") foi lançado e logo as comparações com “Cubo” foram feitas, já que a trama era basicamente a mesma: os participantes de um jogo mortal - sem saber como chegaram ali - tentavam sobreviver decifrando os enigmas de salas que, quando decifrados, os levavam para uma próxima sala com outro enigma.

Com um elenco de poucos famosos, a mais conhecida sendo a atriz Deborah Ann Woll, das séries “True Blood” e “Demolidor”, ficava claro que a intenção do thriller era iniciar uma nova franquia de filmes de sobrevivência, só que para isso, o filme teria que se sair bem nas bilheterias. Resultado: com um orçamento de 9 milhões de dólares e arrecadação mundial de 154 milhões de dólares, uma sequência seria questão de tempo.

E ela aconteceu. “Escape Room 2: Tensão Máxima”, do mesmo Adam Robitel, se passa meses após os acontecimentos de seu antecessor. Na trama, a jovem Zoey (Taylor Russell) decide se juntar ao amigo Ben (Logan Miller) para desvendar o mistério acerca da Minos, empresa por trás das escape rooms, e se livrar de uma vez por todas dos traumas causados pela experiência anterior.

Enquanto investigam um velho galpão abandonado supostamente ligado à Minos, Zoey e Ben acabam em uma perseguição que os deixa presos em um vagão do metrô junto de outras seis pessoas. Não demora muito para que eles descubram que todos já participaram de outras escape rooms e que, desta vez, a disputa pela sobrevivência será entre vencedores.

O que se vê a seguir são minutos de uma trama bem ritmada, com os personagens enfrentando escape rooms que são solucionadas sempre no limite, ainda que isso pareça impossível. Ora, se fosse fácil não teria graça. E embora em alguns momentos os personagens tenham lampejos de genialidade para solucionar os enigmas, a graça está em ir acompanhando seus feitos, como se nós fizéssemos parte da Minos por nos divertir com a agonia alheia.

E se, desta vez, as escape rooms não têm ligação com os participantes, a justificativa para a existência delas é plausível por estar diretamente ligada ao espírito de franquia que o longa assume. Inclusive, “Escape Room 2” não chega a sofrer por ser o “filme do meio” de uma possível trilogia. A ligação com o filme anterior é bem amarrada e encaminha tudo para um terceiro capítulo.

Ao final, “Escape Room 2: Tensão Máxima” surfa no sucesso de bilheteria do primeiro filme e se resolve como uma sequência que preza pela tensão das salas e enigmas, nada muito além disso. 


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