No novo filme do Doutor Estranho, a Vingadora assume o papel de antagonista e enfrenta o multiverso para conseguir o que deseja
Henrique Nascimento | @hc_nascimento Publicado em 03/05/2022, às 17h00 - Atualizado em 07/05/2022, às 21h00
A vida nunca foi fácil para Wanda Maximoff. Desde que a personagem apareceu pela primeira vez no Universo Cinematográfico da Marvel, temos acompanhado a sua complicada jornada: ela perdeu os pais na infância; depois o irmão gêmeo, Pietro, foi morto por Ultron; e, por fim, Visão, o grande amor de sua vida, também foi assassinado.
Em meio à dor, a Vingadora criou uma realidade perfeita para si, mas quando nem isso deu certo, ela viu o seu mundo ruir perante os seus olhos, junto com a sua família, o que deixaria qualquer um louco. É nesse ponto que a encontramos em "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", que chega aos cinemas nesta quinta-feira (5). Uma produção ambiciosa e que rompe com os padrões da Marvel para trazer uma inédita história de terror na franquia, mas repleta de sentimentos.
Na história - que se conecta diretamente com os eventos de "WandaVision", a primeira série do Universo Cinematográfico da Marvel -, Wanda está muito mais poderosa do que antes, agora que se transformou na Feiticeira Escarlate, e quer recuperar a vida que levava em Westview a todo custo.
Apesar de o Doutor Estranho insistir que tudo não passava de uma farsa, a Vingadora está convencida de que, se for parar em outra realidade, pode ter toda a sua vida de volta. Para isso, ela precisa encontrar America Chavez, uma jovem com o incrível poder de viajar entre diferentes realidades. Porém, reconhecendo que Wanda já não é mais a mesma, o Doutor Estranho fará de tudo para impedi-la de colocar as mãos na garota.
Dirigido por Sam Raimi, que retorna ao mundo dos super-heróis após comandar a primeira trilogia do Homem-Aranha, lançada entre 2002 e 2007, "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" segue o padrão das produções da Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel: ele não se parece com o que já vimos antes. É claro que a "essência Marvel", que conquistou tantos fãs ao longo dos anos, está lá, mas o longa ainda tem diversos elementos que o tornam único, assim como "WandaVision", "Loki" e "Cavaleiro da Lua", por exemplo.
Embora o filme seja uma história do Doutor Estranho, o grande destaque é, sem dúvidas, de Wanda. Convertida de aliada para inimiga, a personagem é responsável pelos momentos mais empolgantes de "Multiverso da Loucura", da ação à emoção, e Elizabeth Olsen se mostra completa no papel, fazendo com que a gente tema a Feiticeira Escarlate, mas sem deixar de ter empatia por Wanda e todo o seu sofrimento.
O grande problema de "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", no entanto, é a falta de direcionamento que ele traz à franquia. Isso é menos culpa do filme do que de Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e os demais responsáveis por dar continuidade à franquia após "Vingadores: Ultimato", grande evento da série até agora.
O longa encerra esse arco da história de Wanda, mas não deixa pistas concretas sobre o que esperar no futuro. Com "Multiverso da Loucura", já são onze produções lançadas e, até agora, não há a menor ideia dos planos da Marvel para o futuro da franquia e tudo acaba em suposição. Não há nenhum grande evento à vista, como foi o caso de "Os Vingadores", responsável por encerrar a primeira fase em 2012, e isso deixa um gosto amargo na boca, mesmo após um ótimo filme como esse.
É fato que o Universo Cinematográfico da Marvel não anda mais sozinho e se tornou uma grande história, com produções que vão preenchendo os espaços para, no final, o quebra-cabeça se formar. Se a Marvel decidir voltar a tratar as suas produções como fazia nas três primeiras fases, desmembrando totalmente algumas delas da história principal para realocá-las quando bem entender, pode ser que, mesmo os fãs mais fiéis, acabem perdendo o interesse eventualmente.
Ainda assim, caminhando por suas próprias pernas, "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" tem a capacidade de fazer os fãs pularem na cadeira de empolgação tanto quanto "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa", além de ampliar o que já sabemos sobre o multiverso da Marvel e nos apresentar novos - e, hum, reapresentar não tão novos - personagens, que você certamente torcerá para ver mais vezes nas telonas.
Depois de "Ms. Marvel", para qual lançamento da Marvel você está mais ansioso?
- "Thor: Amor e Trovão" (7 de julho nos cinemas)
- "I Am Groot" (10 de agosto no Disney+
- "Mulher-Hulk" (17 de agosto no Disney+)
- "What If...?" - 2ª Temporada (Sem data de estreia definida)
- "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (10 de novembro nos cinemas)
- "Guardiões da Galáxia: Especial de Natal" (Dezembro no Disney+)
- "Coração de Ferro" (Sem data de estreia definida)
- "As Marvels" (16 de fevereiro de 2023 nos cinemas)
- "Invasão Secreta" (Sem data de estreia definida)
- "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" (28 de julho de 2023 nos cinemas)
- "Guerra das Armaduras" (Sem data de estreia definida)
- "Guardiões da Galáxia 3" (Sem data de estreia definida)
- "Eco" (Sem data de estreia definida)
- "Blade" (Sem data de estreia definida)
- "Loki" - 2ª Temporada (Sem data de estreia definida)
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