'Overwatch' e 'Mortal Kombat' estão entre eles
Quando pensa-se em videogames, a temática da diversidade e da inclusão, por muitas vezes, passam longe.
Porém, com as demandas sociais e as mudanças de mentalidade que vêm ocorrendo ao longo do tempo, cada vez mais jogos têm abraçado a causa LGBTQ+ e atualizado o modo de jogar os games.
Nos útlimos tempos, é crescente o número de narrativas e de protagonistas que escapam do padrão cisgênero heteronormativo e acabam reforçando a importância da inclusão.
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Além de jogos de séries clássicas como Fable, Mass Efect e Dragon Age, os quais permitem ao jogador decidir o destino e a sexualidade dos protagonistas, outros games estão incorporando cada vez mais as causas da comunidade, por anos invisibllizada dentro do mundo conservador dos videogames.
Uma das maneiras das desenvolvedoras abarcarem a diversidade e colocarem a causa LGBTQ+ em seus jogos é, justamente, criarem personagens com um grande leque de opções sexuais, possibilitando o jogador construir seus personagens de maneira mais livre.
Cyberpunk 2077, jogo RPG desenvolvido pela CD Projekt, foi um dos destaques mais comentados da E3 2019, maior evento de games do mundo, não somente pela aparição de Keanu Reeves como um dos personagens, mas também pela possibilidade de se escolher personagens transgêneros e não binários.
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A novidade vem depois de polêmicas transfóbicas em propagandas do videogame. Em entrevista ao site especializado Gamasutra, o diretor criativo do jogo, Mateusz Tomaszkiewicz, disse que sua equipe está trabalhando duro para que os jogadores possam se sentir livres em customizar os personagens do jeito que quiserem, com qualquer gênero que se identifiquem.
Para o mês do orgulho LGBTQ+ de 2018, o PlayStation, da Sony, disponibilizou layouts gratuitos em sua loja virtual que deixavam o plano de fundo e os ícones dos menus do videogame com as cores da bandeira do movimento. A ação, batizada de Para Todos Jogadores, foi disponibilizada anteriormente em 2017 apenas na Europa.
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O jogo de batalha real foi lançado em 4 de fevereiro desse ano pela gigante Eletronic Arts e conta com o personagem queer Makoa Gibraltar e o caçador não-binário Bloodhound entre os personagens principais.
Desenvolvido pela Blizzard Entertainment, Overwatch é um jogo de tiro em primeira pessoa, sendo multijogador. O game é composto de um elenco de vários heróis, uma vez que cada um deles possui funções e habilidades próprias dentro da equipe, a exemplo dos personagens Tracer e Soldier 76, sendo ambos queer.
Dividido em cinco capítulos, o jogo de aventura tem a personagem Maxine Caulfield como protagonista. A estudante de fotografia descobre que pode voltar no tempo e, assim, altera também o passado, presente e futuro. Ao longo do game, Max acaba tendo um relacionamento com sua amiga de infância Chloe Price, formando um dos casais mais icônicos dos videogames.
A franquia de jogos mundialmente conhecida teve seu primeiro personagem gay em 2015, com o lançamento de sua décima edição. Kung Jin, que domina a arte de utilizar arcos e flechas nos combates, é gay na trama. A revelação aparece num diálogo com outro personagem, Raiden, em que afirma ter medo de não ser aceito ao ser coagido a se tornar um monge Shaolin.
Tony Prince é um personagem secundário de GTA: The Ballad of Gay Tony, que aparece também em outras versões do famoso jogo. Tony é dono de duas casas noturnas de Liberty City, cidade em que o jogo se passa, e ganhou o apelido de “Gay Tony” em 1985 após se assumir homossexual na narrativa.
Juhani é a primeira personagem lésbica desenvolvida para a saga de jogos de Star Wars, aparecendo em Star Wars: Knights of The Old Republic. No jogo, a protagonista é uma Cavaleira Jedi, a qual foi libertada da escravidão pela personagem Revan.
O jogo se passa em primeira pessoa, na qual o jogador assume o papel de Katie. A personagem volta para sua cidade natal e encontra sua casa vazia e sua família ausente. Na trama, Samantha, irmã de Katie, assume-se lésbica, gerando alguns conflitos com sua família.
Chrono Trigger é um clássico jogo de RPG eletrônico, desenvolvido ainda nos anos 1990 pela Square Co. e lançado para Super Nintendo. Nele, a personagem Flea é descrita como um mágico, que se veste com roupas femininas e é referido como “ele”, abrindo a possibilidade da personagem não ter um gênero em específico. Em uma das versões de uma fala do jogo, Flea diz: "Homem… Mulher… qual a diferença? O poder é bonito e eu tenho o poder!"
Situado na cidade LGBT friendly de São Francisco, o jogo narra a história de um hacker. Através da trama é possível encontrar personagens trangêneros, bandeiras LGBTs e frequentar boates gays.
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Um dos games mais jogados de todos os tempos, League Of Legends (LOL) introduziu no ano passado uma personagem lésbica. Neeko é descrita como um camaleão que pode assumir outras formas e que não tem papas na língua para dizer o que pensa.