"Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez", lançado na HBO Max, conta a história de um dos crimes mais polêmicos do Brasil
Henrique Nascimento | @hc_nascimento Publicado em 25/07/2022, às 14h45 - Atualizado em 26/07/2022, às 12h45
"Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez" chegou à HBO Max na última quinta-feira (21) e, em episódios lançados semanalmente, pretende elucidar um dos crimes mais chocantes da história brasileira. Em 28 de dezembro de 1992, Guilherme de Pádua, colega de elenco de Daniella Perez na novela "De Corpo e Alma", emboscou a atriz e, com a ajuda da então esposa, Paula Nogueira Thomaz, matou a intérprete de Yasmin no folhetim com diversas punhaladas, antes de abandonar o corpo em um matagal na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Maurício Mattar é um dos entrevistados da produção e, fora da série documental, revelou novos detalhes sobre o comportamento de Guilherme de Pádua. Segundo o ator, o assassino de Daniella Perez costumava assediar homens, pedia constantemente para ver o seu pênis e dizia que transaria com quem fosse para ter sucesso:
“Sempre que eu ia trocar de roupa, o Guilherme colava em mim, ficava olhando de banda e até mesmo pedia para eu mostrar meu pênis. Lembro que na época da [peça musical] 'Blue Jeans', ele vivia assediando homens, como se fosse doença, compulsivamente. Era muito desagradável", relembrou Mattar em entrevista à Istoé.
"Ele contou que transava com homens desde que chegou ao Rio de Janeiro, onde acontecia a apresentação da peça. Pelo visto era bi. Ele dizia que para subir na vida transaria com quem fosse preciso”, ainda disse o ator. E essa não foi a única experiência de Guilherme se relacionando com homens.
Três anos antes do crime, entrou em circulação um filme erótico gay germano-brasileiro com o ex-ator no elenco. Em "Via Appia", Frank, um homem vivendo com o HIV, retorna ao Brasil para tentar reencontrar o homem que, supostamente, o infectou com o vírus. Para ajudá-lo, ele contrata um garoto de programa, José, papel de Pádua na produção.
Pádua é um dos rapazes desnudados pelo roteirista e diretor do longa, Jochen Hick. Em sua principal aparição, José aparece em um apartamento, posando completamente nu e sensualmente para as câmeras de um fotógrafo. Em um dos momentos, ele chega a abrir e derramar todo o conteúdo de uma garrafa de champanhe sobre o próprio corpo.
O assassino de Daniella Perez, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, tinha experiência em ficar nu diante do público. Ele se mudou para o Rio de Janeiro com a intenção de investir na carreira de ator. Como era bonito e tinha um físico atraente, foi convidado para ser um dos leopardos de "A Noite dos Leopardos", espetáculo comandado por Eloína dos Leopardos em uma balada em Copacabana. Lá, Pádua tirava a roupa por dinheiro.
Hoje em dia, Guilherme é pastor de uma igreja evangélica, está em seu terceiro casamento, com a maquiadora Juliana de Pádua Lacerda e é um ferrenho apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Em suas redes sociais, reativadas há poucos dias, costumava compartilhar defesas ao presidente, assim como participações em manifestações e eventos em apoio ao governo federal.
E lá se foi metade do ano... Até agora, qual foi o melhor filme de 2022?
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