Diretora de "Pacto Brutal", Tatiana Issa, explicou que o documentário não era para reverter erros do passado
Os primeiros episódios de "Pacto Brutal" chegaram ao HBO Max na última quinta-feira (21), e iniciaram o processo de investigação e depoimentos sobre o assassinato da atriz Daniella Perez, em 1992, quando tinha apenas 22 anos. Dentre os amigos e familiares próximos a família, talvez uma das pessoas mais importantes relacionada ao crime - mas não de maneira positiva - não apareceu na série documental: Guilherme de Pádua, o assassino da filha de Glória Perez.
Muitos podem ter ficado com esta dúvida sobre a ausência de Guilherme e sua cúmplice e então esposa, Paula Thomaz. Mas a diretora de "Pacto Brutal", Tatiana Issa, explicou em uma recente entrevista à "Veja" que o objetivo do documentário não era reverter um erro do passado. O motivo da equipe não querer conversar com os assassinos de Daniella está ligado diretamente às diversas versões que eles deram em seus depoimentos na época.
“Durante trinta anos eles falaram o que quiseram para inúmeros veículos, dando versões falsas e essas inverdades foram sendo perpetuadas. Se déssemos espaço para eles, estaríamos fazendo o mesmo que tanto criticamos. Houve um grande circo midiático em torno deste caso”, declarou Tatiana.
De Pádua também se posiciou sobre não participar do documentário, aliás, sobre não ter tido a oportunidade de dar seu próprio depoimento, assim como outros artistas fizeram. Ele ainda acusou a equipe da HBO de realizar um documentário parcial e não abrir espaço para todas as evidências do caso. Confira a declaração completa do ex-ator clicando aqui!
Em outra entrevista, Tatiana declarou que queria fazer uma produção séria, principalmente depois de ter a sensação que o caso foi tratado pela mídia de maneira sensacionalista, baseada em depoimentos com "versões inimagináveis".
“A gente decidiu duas coisas logo de cara. A primeira de que não íamos dar voz aos assassinos e a segunda de que não íamos usar dramatizações. Primeiro por respeito à Dani, à memória dela, à família dela... Não queríamos usar encenações, atores simulando o crime, porque isso é muito óbvio. Preferimos manter a dramatização na sutileza, no medo que espreita no escuro... queríamos colocar o espectador no sentimento que aquilo causa, muito mais que no visual”, disse a cineasta ao Omelete.
Daniella Perez foi morta no dia 28 de dezembro de 1992, em um caso que parou o Brasil. Na época, ela interpretava a personagem Yasmin na novela "De Corpo e Alma", mesma produção televisiva em que Guilherme de Pádua Thomaz estrelara. Ele foi o responsável pelo assassinato da atriz, que teve ajuda de sua ex-esposa, Paula Nogueira Peixoto.
O corpo de Daniella foi encontrado em um terreno baldio, no Rio de Janeiro, com as feridas causadas por tesoura. Ao todo, a perícia totalizou 18 apunhaladas. O casal foi condenado a 16 e 19 anos de prisão, respectivamente, em 1997, mas tiveram a pena reduzida para 6 anos.
"Pacto Brutal" mostra detalhes da tragédia que chocou o Brasil em 1992, quando Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua, aos 22 anos. Ao todo, a produção terá cinco episódios dirigidos por Tatiana Issa e Guto Barra e os dois primeiros já estão disponíveis no catálogo da plataforma de streaming. Os três episódios restantes serão lançados semanalmentes na HBO Max.
O documetário ainda traz depoimentos de Glória Perez, mãe da artista,Raul Gazolla, viúvo de Daniella, Maurício Mattar, Claudia Raia, Fábio Assunção, Cristiana Oliveira e Eri Johnson, e a jornalista Glória Maria.
Os dois primeiros episódios de "Pacto Brutal" já estão disponíveis no HBO Max. Os demais serão exibidos semanalmente.
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