O eterno Pantera Negra faleceu após lutar contra um câncer no cólon por quatro anos
Uma coincidência envolvendo a data da morte de Chadwick Boseman chama atenção pelo significado. Isso porque o eterno Pantera Negra morreu no mesmo 28 de agosto do histórico discurso de Martin Luther King, personalidade símbolo da luta antirracista.
O ator nos deixou na última sexta-feira (28) após lutar - sem divulgação pública - contra um câncer de cólon por quatro anos. Seu principal papel nas telonas marcou a história da indústria cinematográfica por dar vida ao primeiro super-herói negro da Marvel. O Rei de Wakanda, país fictício na África, trouxe a representatividade de forma que a população negra nunca havia visto nas telonas.
Em contrapartida, há 57 anos, em 28 de agosto de 1963, Martin Luther King proferiu o famoso discurso “Eu tenho um sonho”, quando mais de 250 mil cidadãos negros se reuniram para a “Grande Marcha”, em Washington DC, capital dos Estados Unidos,
Por 17 minutos, King discursou em frente ao Lincoln Memorial com o objetivo de pregar o fim do racismo e melhores condições de trabalho para os negros. Ele afirmou que lutava por uma terra livre e com oportunidades iguais, onde “nossos filhos não fossem julgados pela cor de suas peles, mas pelo seu conteúdo e seu caráter”.
Martin Luther King ganhou o Prêmio Nobel da Paz no ano seguinte por combater o racismo nos EUA através da resistência não-violenta. Ainda em 1964, o Congresso americano aprovou a Lei dos Direitos Civis, uma reforma na Constituição americana que proibia diversas leis de segregação racial.
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Com mais de 50 anos de diferença, as duas personalidades deixaram suas marcas na História como símbolos na luta contra o racismo. Chadwick Boseman deixa um grande legado de representatividade no cinema como estrela de um filme majoritariamente negro que garantiu três estatuetas do Oscar.