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Thunderbolts*, da Marvel, não é nada do que parece — e isso é maravilhoso | #CineBuzzIndica

Com Sebastian Stan, Florence Pugh e David Harbour como anti-heróis do Universo Cinematográfico da Marvel, novidade chega aos cinemas nesta semana

Henrique Nascimento (@hc_nascimento)
por Henrique Nascimento (@hc_nascimento)

Publicado em 29/04/2025, às 13h00

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Thunderbolts*, da Marvel, não é nada do que parece — e isso é maravilhoso; leia a crítica - Divulgação/Marvel Studios
Thunderbolts*, da Marvel, não é nada do que parece — e isso é maravilhoso; leia a crítica - Divulgação/Marvel Studios

A última reação que eu esperava era a de chorar com um filme de ação da Marvel — o que só reforça a minha afirmação seguinte: Thunderbolts* não é nada do que se espera dele. Desde as prévias já divulgadas, passando pelo título e chegando até o produto final, a novidade "engana" o espectador e entrega, como há muito não se via na franquia, um filme que não é só porradaria, risadas e efeitos especiais, mas realmente apresenta valor, com uma história relacionável e emocionante.

Bastante similar ao seu nascimento nos quadrinhos, os Thunderbolts* surgem no Universo Cinematográfico da Marvel como uma alternativa aos Vingadores, que chegaram ao fim com o Tratado de Sokovia, raiz do confronto entre o Capitão América (Chris Evans) e o Homem de Ferro(Robert Downey Jr.) em Capitão América: Guerra Civil(2016).

No entanto, a sua formação é mais orgânica do que poderíamos imaginar: embora Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus, Seinfeld) parecesse estar coletando heróis para o grupo, como Yelena Belova (Florence Pugh, Todo Tempo que Temos), de Viúva Negra (2021), e John Walker, o Agente Americano (Wyatt Russell, Monarch: Legado de Monstros), de Falcão e o Soldado Invernal(2021), as suas intenções eram outras: usá-los para realizar os seus desejos de grandezas.

Porém, quando Valentina passa a enfrentar problemas que ameaçam o seu grandioso futuro e decide se livrar de seus potenciais incriminadores, Yelena Walker, junto com Ava Starr, a Fantasma (Hannah John-KamenResident Evil), Antonia Dreykov, a Treinadora (Olga KurylenkoOblivion),  Alexei Shostakov, o Guardião Vermelho (David Harbour, Stranger Things) e Bucky Barnes, o Soldado Invernal (Sebastian StanO Aprendiz), acabam se juntando para enfrentar a vilã.

Embora pareça, à primeira vista, ser apenas mais um filme genérico da Marvel, com o seu punhado de ação e risadas, Thunderbolts* prova ser muito mais inteligente e, principalmente, interessante do que diversas produções recentes da Marvel, incluindo Deadpool & Wolverine, último grande sucesso de bilheteria da franquia, e Capitão América: Admirável Mundo Novo, lançado em fevereiro deste ano.

Primeiramente, ele evita se apoiar em nostalgia: não espere participações especiais estelares, porque elas não existem. O mais próximo que Thunderbolts* chega do passado da Marvel é ter Bucky Barnes — que estreou na primeira fase da franquia — entre os seus protagonistas. Isso permite que o filme, apesar de ser mais uma peça nesse Universo Cinematográfico, ande com as próprias pernas e mantenha o foco nesses personagens que, por muito tempo, foram apenas coadjuvantes estelares em outras produções.

Outro ponto positivo é que, apesar do que os trailers indicavam, o filme não é necessariamente sobre transformar os Thunderbolts* em um novo time à la Vingadores. Se fosse o caso, essa certamente seria a pior seleção possível para isso, visto que Capitão América (Anthony Mackie), Shang-Chi(Simu Liu), Ms. Marvel(Iman Vellani), Falcão(Danny Ramirez), Cavaleiro da Lua(Oscar Isaac), Gaviã Arqueira (Hailee Steinfeld) e Mulher-Hulk(Tatiana Maslany), entre tantos outros, estão logo ali, apenas esperando para serem recrutados.

Na realidade, quando Valentina resolveu juntar um bando de mercenários desajustados, com passados traumáticos e sem nada a perder, ela se esqueceu de sua principal característica: o instinto de sobrevivência.

Bucky foi sequestrado e transformado em uma arma mortal, cumprindo ordens contra a sua vontade por quase um século. Yelena, por sua vez, foi treinada para ser letal desde a infância. Além disso, em um piscar de olhos, perdeu cinco anos de sua vida e acordou em um mundo sem a irmã, Natasha Romanoff (Scarlett Johansson). E por aí vai. E nada disso os quebrou.

Os Thunderbolts* não se unem por obrigação ou necessidade de um novo grupo de protetores, mas porque é a coisa certa a se fazer. É o jeito de evitar que o mundo se torne ainda mais doloroso e sofrido para as pessoas, assim como é para eles. É através de um batismo de fogo que eles se transformam em heróis. Não é pela glória, nem por um grande título — afinal, eles nem conseguem se decidir se realmente irão se chamar Thunderbolts* —, mas por se reconhecerem uns nos outros e entenderem que, se o mundo está danificado, é o seu dever tentar consertá-lo.

Se os Thunderbolts* chegam ao Universo Cinematográfico da Marvel subestimados — especialmente por integrantes como Fantasma, Agente Americano e Treinadora no time —, eles devem encerrar a sua primeira aventura com grandes chances de se tornarem novos favoritos dos fãs.

Além disso, Thunderbolts* não só respira um pouco de vida na franquia — que estava bem carente disso desde produções como WandaVision (2021) e Eternos (2021) —, mas também traz uma esperança de que o futuro da Marvel ainda pode ser brilhante, mesmo após alguns (muitos) percalços recentes.

LEIA A CRÍTICA ORIGINAL EM:Thunderbolts*, da Marvel, não é nada do que parece — e isso é maravilhoso


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