Filme estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas
O chileno Pablo Larraín ainda não é um nome reconhecido pela maior parte do público do cinema, mesmo com filmes que retratam algumas personalidades históricas bastante celebradas e reconhecidas, como a Jacqueline Kennedy de Natalie Portman, em “Jackie”, e o poeta Pablo Neruda em “Neruda”, o diretor ainda não chegou lá.
Talvez o cenário mude com o lançamento de “Spencer“, cinebiografia da Princesa Diana, que será protagonizada por Kristen Stewart, o nome da atriz, com certeza, deve atrair o público, assim como a figura da Lady Di, até lá, Larraín propõe com seu “Ema” mais um estudo de personagem feminino.
É interessante notar como as narrativas dos dois filmes mais recentes de Larraín exploram a mulher por uma perspectiva que as coloca ao centro da narrativa, sem serem sombras de seus maridos ou esposos. E o mesmo deve se repetir em “Spencer”.
Em “Jackie”, a história se desenvolve a partir do assassinato de John F. Kennedy, em “Ema”, a protagonista (Mariana Di Girolamo) batalha para recuperar a guarda do filho enquanto seu marido (interpretado por Gael Garcia Bernal, de “Tempo“) é apático em grande parte do tempo e a culpa pela perda do menino.
Desde o início, fica evidente que há certa pompa em “Ema”, não na personagem, que também é bastante chamativa com seu cabelo descolorido e seus números insinuantes de reggaeton, e sim no próprio filme, com uma trilha incidental e uma fotografia estilosa que chamam a atenção.