Longa apresenta nova heroína da Disney e chega aos cinemas nesta quinta-feira (25)
“Encanto” chega aos cinemas como a 60ª animação lançada pela Disney ao longo de quase um século de existência e prova que a magia e a capacidade de emocionar o público com suas histórias, que hoje em dia vão muito além dos contos de fadas, é uma fonte sem fundo.
Depois de “Moana: Um Mar de Aventuras” e “Raya e O Último Dragão”, o filme apresenta uma nova personagem, que não é princesa e nem está em busca de um príncipe para se casar: a heroína Mirabel. Na história, a jovem faz parte de uma família extraordinária de imigrantes que recebeu um milagre de Encanto, cidade localizada entre as montanhas da Colômbia. Cada um deles ganhou um dom especial, menos a protagonista.
Existiu um cuidado muito especial da equipe responsável por “Encanto” na hora de definir os poderes que cada integrante da família Madrigal ganhou, e que representa muitas características - sem estereótipos -, de pessoas que você certamente conhece e vai se lembrar delas enquanto estiver assistindo.
Há a paixão pela dança, os temperamentos explosivos, a força infinita, aquela que transforma tudo que toca em algo belo, o que prefere a companhia dos animais, e até mesmo a que ama fofocar! A forma visual que eles são exibidos é de deixar os olhos brilhando e, de todos, ainda se destaca a habilidade de Julieta, mãe de Mirabel, de promover a cura através de suas comidas.
Alma, a matriarca da família, além de receber a benção do local, também ganhou um lugar para morar com os três filhos após a morte do marido: a Casita. O lar é o coração da família, podendo ser considerado um personagem à parte, já que ele interage com os moradores e está sempre disponível a ajudá-los quando precisa, cuidando de todos.
Apesar da família Madrigal ser grande, todos os personagens ganham seu devido destaque e desempenham um papel importante para o desenrolar da trama, fortalecendo ainda mais o laço que eles mantêm.
Quando Mirabel descobre que a magia de Encanto está em perigo e todos podem perder não só seus poderes, mas também a Casita, ela decide embarcar em uma jornada para proteger aqueles que ama. Assim como em muitas famílias, ela precisará deixar os conflitos e “picuinhas” diárias de lado para resolver o problema.
A história, dirigida por Byron Howard ("Zootopia", "Enrolados" e "Frozen 2") e Jared Bush (Moana: Um Mar de Aventuras"), também se consagra como um dos musicais mais encantadores do estúdio, guiando a história e desenvolvendo os personagem através das letras poderosas e dançantes de Lin-Manuel Miranda, que já havia trabalho com a Disney em "Moana", além de grandes musicais, como "Hamilton" e "Em um Bairro de Nova York", ambos de sua autoria.
O roteiro de Charise Castro Smith e os visuais são os grandes trunfos do filme. Juntos, eles descartam a ideia estereotipada de uma América Latina "amarela" e leva uma explosão de cores, danças, a relação com a natureza e os animais sem transformar essas características em um exagero. A narrativa mostra como a falta da magia faz com que Mirabel se sinta deslocada e tente provar que não precisa dela, muitas vezes apostando no humor para disfarçar sua tristeza.
Mesmo com as cenas musicais e momentos mais fantasiosos, “Encanto” traz uma lição simples, realista e muito importante: as relações familiares nem sempre são fáceis! Pessoas são diferentes e é necessário aceitar a identidade, respeitar as individualidades, e suas divergências de pensamentos (ainda mais em uma casa cheia!), pois são eles que estarão ao seu lado no fim do dia.