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Musical queer, O Melhor Amigo é o Mamma Mia! do Nordeste | #CineBuzzIndica

Novo longa de Allan Deberton (Pacarrete), baseado em curta homônimo, chega aos cinemas brasileiros a partir desta quinta-feira (13)

ANGELO CORDEIRO | @OANGELOCINEFILO
por ANGELO CORDEIRO | @OANGELOCINEFILO

Publicado em 13/03/2025, às 16h30 - Atualizado às 17h00

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Musical queer, O Melhor Amigo é o Mamma Mia! do Nordeste; leia a crítica - Divulgação/Vitrine Filmes
Musical queer, O Melhor Amigo é o Mamma Mia! do Nordeste; leia a crítica - Divulgação/Vitrine Filmes

Aventurando-se pelo gênero musical com leveza e charme, O Melhor Amigo, novo filme de Allan Deberton (Pacarrete), é "o Mamma Mia! do Nordeste". A definição é do próprio diretor, que se baseou em seu curta homônimo de 2013 e o ampliou, acrescentando música à riqueza cultural e emocional do Ceará, onde a história se passa, e criando uma obra autêntica e cheia de energia.

Na história, o jovem arquiteto Lucas (Vinicius TeixeiraJustiça) está frustrado com o seu relacionamento com Martin (Léo BahiaNinguém Entra, Ninguém Sai) e decide viajar sozinho para Canoa Quebrada, no Ceará, para espairecer.

Porém, no cenário paradisíaco, Lucas reencontra uma antiga paixão da faculdade, o sedutor Felipe (Gabriel FuentesNos Tempos do Imperador), o que o leva a embarcar em uma jornada por questões mal resolvidas do passado, descobertas importantes sobre si mesmo e novas possibilidades para o futuro.

Assim como em Mamma Mia!, a narrativa de O Melhor Amigo é movida por paixões intensas e decisões que, muitas vezes, transcendem a lógica do cotidiano, oferecendo uma experiência em que as questões práticas da vida são deixadas de lado para dar espaço a um universo dominado pelas emoções e pela música. O cenário serve como um pano de fundo onírico, onde os dilemas dos personagens são vividos sem as limitações de uma realidade que exige responsabilidades cotidianas.

Aqui, a vida gira em torno dos sentimentos e dos desejos, e as canções, parte fundamental da trama, oferecem uma forma de expressão quase mágica. As músicas não são apenas um adereço, mas uma forma de os personagens se comunicarem, externando suas emoções mais profundas. As paisagens vibrantes de Canoa Quebrada, no Ceará, e o calor das relações se tornam um reflexo desse universo paralelo onde os personagens podem se entregar aos seus dilemas e paixões sem se preocupar com trabalho ou obrigações sociais. O que importa é o que está no coração: o reencontro com um amor do passado, a busca por uma identidade e a descoberta de novos sentimentos.

O Melhor Amigo utiliza a música para expressar os sentimentos mais íntimos de seus personagens, como o conflito interno de Lucas entre o passado e o presente, ou as tensões que surgem ao longo do reencontro com Felipe (Gabriel Fuentes). As cenas musicais, aliás, são o ponto alto do filme e poderiam ser ainda mais presentes e performáticas — parece que Deberton não aposta tanto nelas quanto deveria, mas é um brega muito bem-vindo.

Por outro lado, o cineasta consegue explorar a fantasia do gênero de maneira encantadora e divertida, sem jamais perder de vista o lado humano e sensível dos personagens. Canções como "Geme-Geme" e "Perigo" são momentos intensos, que fazem a narrativa transcender a simples diversão e se conectar diretamente com as experiências emocionais dos protagonistas.

A dinâmica entre Teixeira e Fuentes é outro ponto de destaque, que faz com que O Melhor Amigo seja tão carismático. Os dois demonstram uma química natural, seja nos momentos de maior tensão, seja nas cenas mais íntimas e emocionais. Além disso, o humor e as gírias cearenses adicionam uma camada de frescor à trama, fazendo de O Melhor Amigo uma experiência ainda mais única e regionalizada.

Por fim, o filme de Deberton se destaca não apenas por sua leveza e as referências aos anos 1980 e 1990 — incluindo participações especiais como Gretchen, Cláudia Ohana e Mateus Carrieri —, mas também pela forma com que cria toda essa atmosfera quente onde o coração das personagens é o motor da narrativa, nos convidando a embarcar em uma jornada musical que só poderia se passar em uma praia do Ceará.

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