Glória Perez esteve engajadíssima no documentário sobre o assassinato da filha para mostrar a verdade não contada
"Pacto Brutal" já pode ser considerado um dos documentários biográficos mais impactantes de 2022 para o povo brasileiro. Com o árduo trabalho deGlória Perez ao lado dos diretores Tatiana Issa e Guto Barra, a produção do HBO Max pôde relatar a verdade por trás do assassinato de Daniella Perez, em 1992, quando tinha apenas 22 anos de idade. Ainda muito engajada na divulgação, a autora desabafou à Veja Rio, dizendo que "agora posso viver meu luto".
Daniella Perez foi morta no dia 28 de dezembro de 1992, em um caso que parou o Brasil. Na época, ela estava no auge de sua carreira e justamente na novela do horário nobre, em que formava um par romântico com Guilherme de Pádua - o autor do crime-, seus problemas começaram. Ao longo dos depoimentos que complementam o documentário, trabalhadores dos estúdios onde "De Corpo e Alma" era gravada revelaram que o ator perseguia Daniella constantemente.
O corpo de Daniella foi encontrado em um terreno baldio, no Rio de Janeiro, com as feridas causadas por tesoura. Ao todo, a perícia totalizou 18 apunhaladas. Guilhereme e PaulaNogueira Peixoto, ex-Thomaz e esposa do ator na época, foram condenado a 16 e 19 anos de prisão, respectivamente, em 1997, mas tiveram a pena reduzida para 6 anos.
Sobre a repercussão de "Pacto Brutal", especialmente como o processo foi tratado no ano do crime e seus posteriores, foi um alívio para Glória poder mostrar como ela e seus advogados se manteram firmes para não apagarem a memória de sua filha. Agora, com a sensação de dever cumprido, e depois de uma imersão no passado, ela conseguiu mostrar "quem a Dani foi de verdade”.
“Por mais duro que tenha sido remexer tudo isso, valeu a pena. Agora posso viver meu luto”, afirma a novelista de 73 anos ao veículo. Glóriaainda contou que ainda guarda a sapatilha de ponta cor-de-rosa da filha, também dançarina, que levou para o julgamento como uma forma de fazê-la presente. Um pé ficou com Gloria, o outro foi dado ao advogado criminalista, Arthur Lavigne, que conduziu o processo, como agradecimento.
Questionada pela Veja do porquê ter resolvido mexer em um passado tão doloroso, a escritou afirmou que foi "para mostrar a verdade às pessoas. E finalmente elas começaram a entender o que aconteceu. Durante muitos anos, o assassinato da Dani foi tratado como um capítulo de novela. Mas quando você resgata as pessoas reais — e não as trata como personagens, como ocorreu na cobertura do crime —, tudo fica mais claro".
Para Glória, o resultado de "Pacto Brutal" não poderia ser mais satisfatório. "Tudo o que eu sempre quis foi sair do folhetim para que as pessoas vissem exatamente quem era a Dani, quem ela foi e o que se passou durante o processo. Nada do que os assassinos disseram se sustentou no tribunal", ressaltou.
"Pacto Brutal" ainda traz depimentos de Raul Gazolla, viúvo de Daniella, Maurício Mattar, Claudia Raia, Fábio Assunção, Cristiana Oliveira e Eri Johnson, Marieta Severo, a jornalista Glória Maria e de alguns membros da família Perez.
"Pacto Brutal" segue disponível no catálogo do HBO Max, e você confere a crítica completa do Cinebuzz clicando aqui!
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